Site icon Seu Dinheiro

Bomba nuclear em Gaza: China reage à posição de Israel e Netanyahu dá explicação pública

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

Quando o ministro do Patrimônio de Israel, Amihai Eliyahu, disse no domingo (12) que seu país  considerava como opção lançar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza, ele não mediu o tamanho da reação que essa declaração teria. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Demorou um pouco, mas nesta terça-feira (14), China, Irã e diversas nações árabes reagiram, condenando a fala do ministro. 

Juntos, os países chamaram a fala de uma ameaça para o mundo. A oposição veio durante a abertura de uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo é estabelecer uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio.

O vice-embaixador da China na ONU, Geng Shuang, disse que Pequim estava "chocada", chamando as declarações de "extremamente irresponsáveis e perturbadoras" e que deveriam ser universalmente condenadas

Geng disse que a China está pronta para se juntar a outros países "para dar um novo impulso" ao estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio, dizendo que há uma urgência maior devido à situação atual na região, e pediu que Israel faça parte do Tratado de Não-proliferação Nuclear.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que o ministro de Israel disse

Os comentários do ministro de Israel ocorreram durante uma entrevista a uma rádio no domingo. Depois, Eliyahu chamou de "metafóricas" as observações. 

Só que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, precisou vir a público para desmentir os comentários. Como punição, suspendeu Eliyahu das reuniões do gabinete.

Ainda assim, Israel não confirmou nem negou sua capacidade nuclear. Acredita-se que o país possua armas nucleares — em 1986, um ex-funcionário que operava o reator nuclear cumpriu 18 anos de prisão em Israel por vazar detalhes e fotos do suposto programa de arsenal nuclear do país para um jornal britânico. 

ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS

Palestinos: as bombas já caíram

Além da fala do ministro, não há até o momento indícios de que Israel pretenda realmente detonar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza. Para a Autoridade Nacional Palestina, porém, é como se já tivesse acontecido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso porque Israel lançou mais de 25.000 toneladas de explosivos na região desde o início da guerra, em 7 de outubro — o equivalente a duas bombas nucleares, segundo o Euro-Med Human Rights Monitor. 

De acordo com a organização de direitos humanos com sede em Genebra, o exército israelense admitiu ter bombardeado mais de 12 mil alvos na Faixa de Gaza, com um número recorde de bombas superior a 10 quilogramas de explosivos por indivíduo. 

O Euro-Med Monitor destacou que o peso das bombas nucleares lançadas pelos EUA sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, no final da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945, foi estimado em cerca de 15.000 toneladas de explosivos.

*Com informações da AFP

Exit mobile version