O presidente norte-americano, Joe Biden, autorizou uma ajuda financeira de US$ 800 milhões para a Ucrânia. Essa injeção de recursos não seria novidade e nem chamaria atenção pelo valor, afinal, os EUA já enviaram bilhões de dólares para Kiev se manter viva na guerra. Só que o novo pacote tem uma diferença: ele vem recheado das controversas armas de fragmentação.
Também conhecidas como armas cluster, elas são proibidas em 120 países e Biden precisou renunciar a uma lei de 2009 que proíbe munições desse tipo, já que a taxa de falha é superior a 1%.
Essas armas são polêmicas porque podem deixar um número perigoso de bombas não detonadas em solo, e levar anos para serem desativadas com segurança. A BBC fez uma ilustração sobre o funcionamento dessas armas.
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Biden ficou sem saída para frear Putin?
Com a Ucrânia queimando estoques de armas convencionais, membros do governo Biden disseram que não havia escolha a não ser fornecer as armas cluster, apesar do perigo para os civis, principalmente crianças.
Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, afirmou que o governo continuará armando a Ucrânia enquanto os estoques de artilharia convencional diminuem.
Sullivan defendeu o uso dessas armas dizendo que a Rússia já usa essas munições desde o início da guerra.
“A Ucrânia não usaria essas munições em terras estrangeiras”, disse Sullivan. “Este é o país que eles estão defendendo. Esses são os cidadãos que eles estão protegendo e estão motivados a usar qualquer sistema de armas que possuam de forma a minimizar os riscos para esses cidadãos”, acrescentou.
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A taxa de falha dessas armas
As armas cluster são controversas por causa de suas altas taxas de falha, ou insucesso, o que significa que as bombas não detonadas podem permanecer no solo por anos e possivelmente explodir mais tarde.
Sullivan disse a repórteres que as armas clusters americanas tinham uma taxa de insucesso — ou seja, quando as bombas não explodem — abaixo de 2,5%, que ele descreveu como muito abaixo da taxa de insucesso das munições cluster da Rússia, que autoridades dos EUA dizem estar entre 30% e 40%.
O Pentágono observou que a Rússia já está usando bombas de fragmentação na Ucrânia com taxas de falha ainda maiores. Uma investigação das Nações Unidas descobriu que a Ucrânia provavelmente também as usou, embora o país tenha negado.
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*Com informações da BBC e da Sky News