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Vibra (VBBR3) diz que proposta da Eneva (ENEV3) é ‘injustificável’, mas deixa porta aberta para considerar fusão em termos ‘melhores’

Vibra Energia (VBBR3) | Dividendos

Caminhão e tanques de armazenamento da Vibra Energia (VBBR3)

Dois dias após receber uma proposta de fusão da Eneva (ENEV3), a Vibra (VBBR3) manifestou-se nesta terça-feira (28) sobre os termos para uma possível combinação. Segundo o conselho de administração da companhia, "a relação de troca indicada é injustificável".

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"Fica evidente que os termos propostos para a combinação pretendida pela Eneva não possuem qualquer atratividade para os acionistas da Vibra", diz o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Mas, apesar da avaliação negativa, a empresa não descartou considerar uma fusão em termos diferentes, incluindo um maior esclarecimento sobre o modelo de governança pretendido.

"O conselho de administração da Vibra estará atento a uma eventual nova manifestação da Eneva, caso seja de seu interesse melhorar significativamente os termos apresentados, detalhando elementos necessários para o bom entendimento de uma eventual nova proposta de combinação", cita o documento.

Os conselheiros garantem que, se receberam uma nova e melhorada oferta, engajarão os assessores "para tratativas em fórum privado típico de potenciais transações desta natureza".

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Eneva (ENEV3) queria 'fusão de iguais' com a Vibra (VBBR3)

A Eneva propôs no último domingo um acordo de troca de ações que, se fosse aceito pela Vibra, levaria a uma estrutura na qual os atuais acionistas de ambas as empresas passariam a deter 50% do capital da companhia resultante do processo.

De acordo com a Eneva, um eventual acordo resultaria não apenas na maior distribuidora de combustíveis do Brasil, mas também na maior plataforma de geração de energia termoelétrica do país.

Além disso, seria ainda a terceira maior empresa de energia listada na bolsa brasileira, atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras.

Outra alegação da Eneva é de que a combinação dos negócios fortaleceria a “pegada ESG” de ambas. Isso porque mais de 30% da capacidade instalada da companhia resultante da fusão seria composta por energia renovável.

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Vibra (VBBR3) agradece interesse e valoriza atributos da companhia

Vale destacar que, apesar de terem tamanhos próximos, a Vibra ainda é um pouco maior que a Eneva na bolsa.

Considerando-se o fechamento do Ibovespa no pregão anterior à proposta, a Eneva valia pouco mais de R$ 20 bilhões na B3. Na mesma data de corte, o valor da Vibra na B3 aproximava-se de 26 bilhões.

A proposta original embute, portanto, um prêmio de pouco mais de 20% para ENEV3.

A antiga BR Distribuidora agradeceu o interesse da Eneva manifestado por meio da oferta e o "seu
reconhecimento dos méritos da plataforma de negócios da Vibra".

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"A Vibra tem tido reconhecido sucesso ao longo dos últimos anos na construção e aperfeiçoamento
de uma das melhores e mais eficientes plataformas diversificadas de energia do Brasil. E tem construído isso de forma independente e com um modelo de governança sólido, em perfeito funcionamento."

A companhia destacou o resultado financeiro nos últimos balanços, o pagamento de dividendos e cinco características que valorizam seu negócio principal, de distribuição de combustíveis:

"Estamos convictos, portanto, que reunimos escala, equipe e fortalezas financeiras para alimentar nossos
vetores de crescimento estratégico e atender nossos clientes tanto em nosso principal negócio, quanto em novos segmentos voltados para novas fontes de energia, conveniência e mobilidade", argumentou a Vibra.

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