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Vale (VALE3) fecha acordo de R$ 527,5 milhões na Justiça para reparar danos causados por barragem em MG

A Vale (VALE3) e o município de Barão de Cocais (MG) celebraram um acordo na última sexta-feira (18) no valor estimado de R$ 527,5 milhões para compensar e reparar integralmente os danos causados pela elevação dos níveis de emergência da barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco.

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O montante corresponde à soma das obrigações definidas e os valores indicados pela Vale como despesas já realizadas para a execução das ações de reparação, de compensação, de antecipação da indenização dos danos coletivos e difusos e dos pagamentos emergenciais efetuados, estimados em R$ 44.531.926,14.

O valor total não abrange as despesas decorrentes de danos desconhecidos ou futuros causados pelo acionamento da emergência e pelas evacuações.

O aval para um acerto entre as partes foi dado mais cedo pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e o Ministério Público Federal (MPF).

Vale e as barragens: relembre o caso

Entre fevereiro e março de 2019, a barragem teve o nível 2 e o nível 3 de emergência  acionados, provocando evacuação de pessoas das comunidades localizadas na Zona de Autossalvamento (ZAS).

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Em outros pontos da mancha de inundação, que englobam as comunidades de Socorro, Vila do Gongo, Tabuleiro e Piteiras, em Barão de Cocais, além de outros impactos socioeconômicos.

O acordo celebrado inclui a proteção, mitigação, reparação e compensação dos danos ao meio ambiente cultural material, imaterial e turístico, e conta com a interveniência da Arquidiocese de Mariana, uma vez que uma das obrigações assumidas pela mineradora é a restauração da Igreja Mãe Augusta do Socorro, bem como de seu acervo móvel.

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Autoridades falam que este é “o caminho correto”

Para o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, o acordo demonstra mais uma vez que o "caminho mais correto" para atuação do Ministério Público "é o caminho da conciliação, do diálogo, da construção de soluções".

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"As ações civis e penais são necessárias muitas vezes, mas as portas devem estar abertas ao diálogo. Neste caso, com a matéria já judicializada, conseguimos construir uma solução que atendesse aos interesses da comunidade de Barão de Cocais. Quero, sobretudo, parabenizar a condução da desembargadora Ana Paula Nannetti Caixeta, que conseguiu que as partes conversassem e achassem o melhor caminho para resguardar os interesses dos mineiros", afirmou.

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