Enquanto a Unipar (UNIP6) passa de fase e fica mais perto de levar a fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem (BRKM5), a Petrobras (PETR4) corre por fora.
Nesta segunda-feira (10), a estatal solicitou acesso ao virtual data room da Braskem, iniciando assim o processo de due diligence. Isso significa que a Petrobras quer dar uma olhada mais de perto na situação financeira e jurídica da petroquímica — um processo fundamental para fusões ou aquisições.
A diligência prévia, como também é conhecida, abre caminho para um eventual exercício do tag along — isto é, o direito de o outro sócio vender a sua participação nas mesmas condições — ou para o direito de preferência na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor na companhia.
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Nada está decidido ainda
A Petrobras destaca, no entanto, que "não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem".
Em comunicado, a estatal explica que essa é uma etapa necessária referente aos direitos da companhia no Acordo de Acionistas.
“As decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”, diz a Petrobras em comunicado.
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A Unipar no caminho da Petrobras
A Braskem é controlada pela Novonor e pela Petrobras e o andamento da oferta da Unipar passa necessariamente pela estatal.
Isso porque os dois sócios contam com um acordo de acionistas, que prevê o direito de preferência caso uma das partes receba uma proposta de compra. Além disso, o acordo estipula o tag along.
Acontece que a Unipar estabeleceu como uma das condições para que sua oferta fosse adiante que a Petrobras não exercesse nenhum dos dois direitos.
Na semana passada, porém, a Unipar informou que recebeu da Novonor a sinalização de que a estrutura da operação pretendida atende aos interesses da ex-Odebrecht e de suas partes interessadas.
Na ocasião, a Unipar indicou que a sinalização não englobava a concessão de exclusividade no processo de venda do controle da Braskem — algo que ainda pode acontecer e vai deixar a empresa ainda mais próxima de levar a petroquímica para casa.
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