O leilão de rodovias do Paraná realizado nesta sexta-feira (29) terminou com um vencedor, o Consórcio Infraestrutura PR, que não enfrentou concorrência para levar o chamado Lote 2.
A proposta vencedora teve um desconto de apenas 0,08% para ficar com a concessão de quase 605 km, que conectam pontos estratégicos, como o Porto de Paranaguá e a região metropolitana de Curitiba.
O consórcio ganhador é uma associação formada pela plataforma de investimentos em concessões EPR 2 Participações e pelo fundo de investimentos Perfin.
Atualmente, a EPR já é responsável por três concessões estaduais em Minas Gerais, com contratos de 30 anos, e agora assumirá sua primeira concessão federal.
O investimento previsto é de cerca de R$ 17 bilhões nas rodovias, também ao longo dos próximos 30 anos. O projeto abrange diversas melhorias, incluindo a duplicação de 350 km de rodovias, a adição de 139 km de faixas extras, 52 passarelas para pedestres, entre outras.
Qual o motivo da baixa concorrência do leilão?
Os R$ 17 bilhões em investimentos ajudam a explicar a baixa concorrência no leilão, segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho.
A impossibilidade de grandes concessionárias participarem por causa de pendências com contratos "estressados" também foi citada por ele como impeditivo para uma maior participação.
"Esse projeto tem um capex [investimento] muito elevado, o que limita a quantidade de empresas com capacidade financeira de arcar com investimento desse tamanho", afirmou.
Em entrevista recente à agência de notícias Broadcast, o ministro disse que esperava cerca de quatro concorrentes na disputa.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior, também afirmou não estar surpreso com uma disputa menor devido ao alto valor previsto. Contudo, avalia que "o que importa é ter empresas de qualidade que consigam cumprir os contratos".
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Cronograma de atuação após o leilão
O cronograma de atuação prevê que a empresa vencedora do leilão assine o contrato em janeiro, com a concessão assumida 30 dias após a assinatura, prevista para fevereiro de 2024.
Os primeiros trabalhos, incluindo a revitalização asfáltica de trechos, a construção de novas praças de pedágio e postos de atendimento, serão concentrados no primeiro ano da concessão, somando um investimento de mais de R$ 315 milhões em obras.
A expectativa é que a concessão gere cerca de 110 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando o crescimento econômico da região, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Com informações do Estadão Conteúdo