Mais uma empresa da B3 optou pelo caminho do aumento de capital para resolver os seus problemas de liquidez — dessa vez, a decisão veio da Sequoia Logística (SEQL3).
Na noite de ontem (25), o conselho de administração da companhia aprovou um aumento de capital que pode chegar a R$ 100 milhões — o equivalente a 66.666.667 ações da companhia.
O piso mínimo da oferta, que é de R% 50,001 milhões ( 33.333.334 papéis), já está garantido por alguns acionistas de referência e membros do conselho. O prazo para exercício do direito de preferência para a subscrição das ações será de 28 de abril a 30 de maio.
O preço da emissão será de R$ 1,50, um desconto de 16% com relação ao pregão da última segunda-feira (24). O preço foi determinado pela média da cotação dos últimos 15 pregões, com um desconto adicional de 17% para estimular a adesão dos acionistas da companhia à operação.
Apesar do aumento de capital representar um alívio para o fluxo de caixa da Sequoia, a perspectiva de diluição dos acionistas minoritários pesa sobre os papéis — e as ações SEQL3 reage em forte queda, em um recuo de 11,80%, a R$ 1,57, por volta das 13h.
O que pensa o mercado?
Para os analistas do BTG Pactual, a emissão das novas ações levará à uma diluição expressiva dos acionistas atuais — girando em torno de 24% a 47%. Apesar disso, o banco aponta que a operação é atrativa, uma vez que por não se tratar de uma grande oferta, o capital a ser investido é pequeno.
No ponto de vista da empresa, os analistas apontam que a injeção de recursos tende a remover as pressões de curto prazo que hoje pesam sobre os papéis, deixando a empresa apta a melhorar as suas estratégias recentes de aquisições e também de resiliência frente aos desafios enfrentados pelo e-commerce atual.
De acordo com cálculos do Santander, o aumento de capital tem potencial de reduzir de 0,3 a 0,5x o nível de alavancagem e endividamento da empresa, mas ainda é preciso mais detalhes para considerar que o processo de reestruturação da companhia está completo.