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Santander (SANB11) deve apresentar balanço do 1T23 ainda assombrado pela Americanas

Sede do Santander Brasil (SANB11)

Sede do Santander Brasil

O Santander Brasil (SANB11) bem que gostaria de deixar o fantasma do caso Americanas para trás, mas ele ainda deve assombrar os resultados de 2023. A começar pelos números do primeiro trimestre, que serão conhecidos amanhã de manhã, antes da abertura dos mercados.

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Como provisionou apenas uma parte do crédito concedido à varejista, que entrou em recuperação judicial no começo do ano, é provável que o Santander se veja obrigado a aumentar as reservas contra calote ainda mais ao longo de 2023. Alguns analistas, inclusive, estão contando com isso nos números do primeiro trimestre.

O Santander tem R$ 3,6 bilhões a receber da Americanas, de acordo com a lista de credores que a varejista encaminhou à Justiça no processo de recuperação judicial. O banco não informou exatamente quanto provisionou desse crédito no 4T22, mas a estimativa é de que tenha chegado a 30%.

Os resultados do quarto trimestre de 2022, publicados em fevereiro deste ano, marcaram um dos piores da história recente do banco. Além do lucro ter levado um tombo de 56% na comparação com o mesmo período do ano anterior, a rentabilidade medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ficou abaixo de 10% no período.

Além disso, a tesouraria do Santander encerrou o ano de 2022 com uma perda de R$ 4,2 bilhões com posições que deram prejuízo em meio à alta da taxa Selic.

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O que esperar do Santander no 1T23

Para os três primeiros meses de 2023, o consenso de analistas consultados pela Bloomberg aponta para um lucro líquido de R$ 2,160 bilhões do Santander, o que representaria uma queda de 46,07% na comparação com o mesmo período de 2022. O ROE também deve continuar em patamares baixos, aquém da média do banco nos últimos tempos.

Além disso, a tesouraria deve continuar com resultado negativo devido à menor receita de atividades de mercado. 

A divulgação de resultados do primeiro trimestre também será a primeira em nove anos sem Angel Santodomingo Martell à frente das finanças. O ex-CFO deixou o cargo em 20 de março para assumir a estratégia do Grupo Santander, reportando-se diretamente a Ana Botín, a chair executiva do banco espanhol.

A posição será ocupada por Gustavo Viviani, que desde 2019 comandava as finanças da área de varejo do braço brasileiro do banco.

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Com esse resultado em vista, os analistas estão reticentes em recomendar a compra das ações do Santander. Confira a recomendação das casas às quais o Seu Dinheiro teve acesso:

ANALISTARECOMENDAÇÃOPREÇO-ALVO
GOLDMAN SACHSVENDAR$ 25
BTG PACTUALVENDAR$ 26
ITAÚ BBAVENDA R$ 27
JP MORGANNEUTROR$ 28
XPNEUTROR$ 34
SAFRANEUTROR$ 35
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