A privatização da Sabesp (SBSP3) é um dos temas do momento para os investidores. Entre muitas expectativas com a desestatização da empresa, o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) emitiu nesta terça-feira (19) uma nota na qual faz algumas recomendações para a tão aguardada operação:
- Que a Secretaria de Parcerias em Investimentos e a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística tomem providências para o encaminhamento do anteprojeto da lei de desestatização da Companhia ao Gabinete do Governador; e
- Que a Sabesp inicie o procedimento para seleção e contratação dos bancos coordenadores e demais serviços necessários à futura oferta pública
A desestatização da Sabesp, que possui papéis listados na bolsa brasileira, deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2024, pelas projeções do governo estadual.
De acordo com o próprio governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), foram estudadas várias opções de venda das ações detidas pelo estado.
No fim das contas, optou-se por uma oferta de ações (follow-on) com pequena participação do governo, o que diluiria a participação do Estado na Sabesp.
Vale lembrar que 50,3% do capital social da companhia de água é do governo estadual, enquanto os 49,7% restantes estão em poder do mercado.
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Sabesp (SBSP3): rumo à privatização!
Em agosto deste ano foi publicado um documento-chave para destravar a operação de desestatização da Sabesp.
O decreto de nº 67.880 regulamenta a adesão dos municípios paulistas às Unidades Regionais de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (URAEs), além de definir a estrutura de governança dessas unidades.
Em linhas gerais, a publicação aumenta os poderes do município de São Paulo para liberar a privatização da Sabesp. Tudo dependeria de um eventual acordo entre Tarcísio e o prefeito da cidade, Ricardo Nunes — e ambos já estão alinhados politicamente.
Seja como for, vale a pena ficar de olho nas ações da Sabesp nesta terça-feira. No encerramento dos negócios de ontem (18), os papéis da estatal fecharam o pregão cotados a R$ 60,57, uma alta de 0,92% em relação à abertura do mesmo dia.