Site icon Seu Dinheiro

Protagonista de disputa com a Gafisa, Esh agora acusa acionistas da Terra Santa de causarem prejuízos à companhia na fusão com a SLC (SLCE3)

Imagem aérea da Fazenda Paiaguás, pertencente à SLC Agrícola (SLCE3), em Diamantino (MT) fiagros fundos imobiliários

A Esh Capital entrou, neste mês, com um procedimento arbitral contra um grupo de acionistas da Terra Santa Propriedades Agrícolas, informou a companhia na última sexta-feira (10).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por meio do seu fundo Esh Theta, a gestora acusa esses acionistas de terem causado prejuízo à companhia ao aprovarem condições de arrendamento de terras em desacordo com as práticas do mercado na época da combinação de negócios entre a Terra Santa e a SLC Agrícola (SLCE3).

Segundo a Esh, "o arrendamento de terras por 17 sacas de soja por hectare por ano não seria comutativo (ou seja, de acordo com as práticas de mercado)", informou a Terra Santa em comunicado ao mercado. A gestora, assim, entende que os acionistas que aprovaram essa operação devem ser responsabilizados por prejuízos causados à companhia.

De acordo com o comunicado, a Esh exige que os requeridos indenizem a Terra Santa pela suposta diferença entre o valor do arrendamento contratado com a SLC e o valor de mercado, além de reconhecerem que formaram um grupo de controle na companhia resultante da fusão.

Os acionistas requeridos pela Esh são:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Terra Santa, cujas ações eram negociadas em bolsa sob o código LAND3, foi incorporada pela SLC em agosto de 2021. Segundo a companhia, o valor do arrendamento então determinado deve ser revisto a cada três anos.

No seu comunicado ao mercado, a Terra Santa diz que, como o requerimento de procedimento arbitral não pede a anulação da operação, mas sim perdas e danos aos acionistas que a aprovaram, a administração entende que a arbitragem não tem o potencial de afetar a situação econômico-financeira da companhia.

Esh protagonizou disputa societária com a Gafisa

Conhecida pelo ativismo e pela postura combativa nas empresas nas quais investe, a Esh Capital esteve presente no noticiário de negócios recentemente por protagonizar uma disputa societária ferrenha contra o grupo do empresário Nelson Tanure na construtora Gafisa (GFSA3).

Nesse caso, a gestora também acusava o grupo de Tanure de ter causado prejuízos à companhia e formado um bloco de controle informal, sem, no entanto, fazer uma oferta pública de aquisição para os demais acionistas, o que seria exigido numa situação como essa pelo estatuto da companhia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Esh acabou sendo vencida ao tentar barrar um aumento de capital da companhia e suspender os direitos políticos de Tanure, mas chegou a conseguir impedir a conversão de uma emissão de debêntures da Gafisa em ações.

Veja também: Magalu e Via vão de Americanas? O que esperar após os resultados de 2022

Exit mobile version