A folia brasileira não decepciona e, em grande parte, foi graças a ela que a Ambev (ABEV3) registrou um lucro líquido consolidado de R$ 3,819 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O número representa um avanço de 8,2% quando comparado ao mesmo período de 2022 e consta no balanço trimestral informado pela empresa nesta quinta-feira (4).
Apesar da pressão de custos, a Ambev parece estar conseguindo, aos poucos, chegar aos níveis de rentabilidade desejados, mesmo que isso signifique uma expansão menor.
A receita líquida da companhia foi de R$ 20,531 bilhões nos três primeiros meses deste ano, uma alta de 11,3% ante o ano passado.
Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização na sigla em inglês) ajustado apurado entre os meses de janeiro e março deste ano foi de R$ 6,444 bilhões, um avanço de 16,7%.
As margens da cervejaria também apontaram melhora, ainda que não tenha voltado ao mesmo nível visto antes da pandemia. No primeiro trimestre, a margem bruta foi de 50,7%, 1,8 ponto percentual acima do visto anteriormente. Já a margem Ebitda cresceu 1,4 p.p. e chegou a 31,4%.
A Ambev ainda informou que seu resultado financeiro ficou negativo em R$ 997,9 milhões, uma queda de R$ 401,2 milhões na comparação com o ano passado. Aqui, pesaram a exposição cambial e os juros altos.
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Segundo a companhia, o desempenho visto neste início de ano se deve, principalmente, ao mercado local e à execução comercial durante o primeiro carnaval completamente livre de restrições relacionadas ao covid.
Ambev (ABEV3) vende menos em volume
Enquanto o volume de vendas no Brasil cresceu 2,5% nos três primeiros meses deste ano, o quadro lá fora não foi tão bom assim. A Ambev informou queda de 7,8% nos volumes na América Latina do Sul e baixa de 5% na região do Caribe e América Central.
Esses números acabaram anulando os ganhos vistos no Brasil e no Canadá, onde os volumes cresceram 5%.
Olhando para os volumes totais, houve uma queda de 0,4% na comparação com 2022, totalizando 44 milhões de hectolitros.
Para a Ambev, o avanço no volume de vendas internamente é sustentado principalmente por suas marcas premium, como Stella Artois, Corona e Spaten. Além dessas, Original e Chopp Brahma também contribuíram bem para o crescimento do segmento, com um avanço de 35% no portfólio deste tipo de cerveja.