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Por que a terça-feira será um “Dia D” para a Casas Bahia (BHIA3)? Entenda como uma reunião pode impactar a situação financeira da varejista

Loja das Casas Bahia, empresa da Via (VIIA3)

Loja das Casas Bahia

Após ter realizado uma série de medidas de reestruturação, buscando melhorar uma delicada situação financeira, a Casas Bahia (BHIA3) — antiga Via — deve ter mais um dia decisivo para este processo amanhã (3).

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É na terça-feira que a companhia tem uma reunião marcada com credores para discutir sobre a 20ª emissão de CRI (Certificado de Recebível Imobiliário).

O encontro vai decidir sobre uma eventual antecipação do vencimento dos CRIs, segundo informações da agência de notícias Reuters.

Em setembro, os ratings dessa emissão e da 8ª emissão de debêntures (que lastreiam os CRIs) foram rebaixados pela agência de classificação de ratings S&P, saindo de “brAA-” para “brA-”, com perspectiva negativa.

O problema é que caso fique decidido por uma antecipação do pagamento dos CRIs, pode ser aberto espaço para a antecipação de outras dívidas da companhia. Isso porque uma cláusula que antecipa outras debêntures pode ser acionada.

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O vencimento dos CRIs é superior a R$ 30 milhões e, junto com as debêntures para vencer, totalizaria um montante de aproximadamente R$ 3,2 bilhões que teria que ser pago imediatamente, de acordo com relatório da Genial Investimentos.

Em dados consolidados no segundo  trimestre, a companhia tinha R$ 874 milhões em caixa e equivalentes e R$ 4,9 bilhões em contas a receber.

Qual o cenário mais provável para a Casas Bahia?

Na avaliação dos analistas da Genial Investimentos, a reunião de amanhã “será crucial para definir a saúde financeira de Casas Bahia a partir daqui”. 

Para a proposta se tornar válida, a assembleia deve ter um quórum mínimo de 25%. Preenchendo este pré-requisito, vence a proposta mais votada pela maioria simples presente.

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Para a corretora, existem basicamente dois possíveis caminhos. Veja quais e a avaliação deles:

Com a maior concentração dos CRIs em bancos parceiros, existe a intenção em renegociar o pagamento da 20ª Emissão de CRI (e consequentemente debênture lastreada à dívida).

Segundo os analistas, em termos práticos, isso implicaria em um aumento do spread de remuneração do CRI e, adicionalmente, o pagamento de um prêmio sobre o valor nominal unitário da dívida. Mas, ainda, assim não levaria uma asfixia da companhia.

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