A corrida pela energia eólica ganhou mais uma concorrente de peso: no mesmo dia em que anunciou uma parceria com a Weg (WEGE3) para construir um aerogerador, a Petrobras (PETR4) protocolou um pedido para iniciar o processo de licenciamento ambiental de dez áreas no mar brasileiro destinadas ao desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore.
O pedido foi protocolado junto ao Ibama e, se aprovado pelo órgão ambiental, garantirá à Petrobras o título de empresa com o maior potencial de geração de energia eólica offshore no país. A petroleira poderá desenvolver projetos com capacidade total de 23 Gigawatts (GW) nas locais visados.
Confira a localização das áreas na mira da Petrobras:
"O pedido de início de licenciamento é uma sinalização de interesse da Petrobras para o desenvolvimento de projetos próprios, além dos projetos em parceria, a exemplo das áreas que estão sendo estudadas em conjunto com a Equinor", explica o comunicado enviado ao mercado.
Vale destacar que esse tipo solicitação não garante o direito sobre as áreas, o que deve acontecer somente após processo a ser conduzido conforme a regulação em discussão no âmbito do Congresso Nacional.
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Planos ambiciosos
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirma que os planos anunciados hoje são compatíveis com a "grandeza" da companhia.
"Somos a empresa que mais detém conhecimento do ambiente offshore brasileiro e temos tradição em operações marítimas que podem trazer sinergias relevantes aos projetos de eólica offshore”, declarou, em nota.
Prates também ressaltou que o desenvolvimento de projetos próprios não reduz o interesse da estatal em desenvolver iniciativas em parceria, que poderão ser estabelecidas nessas mesmas áreas no futuro.
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Petrobras (PETR4) anunciou parceria com a Weg (WEGE3)
Uma dessas parcerias será com a Weg e foi divulgada mais cedo, mas é voltada para fazendas eólicas em terra (onshore). As duas empresas construirão juntas um gerador de energia eólica de 7 megawatts (MW).
Para tanto, a Petrobras vai investir R$ 130 milhões ao longo dos próximos 25 meses no projeto, que já vinha sendo conduzido pela Weg antes do anúncio da parceria.
Quando estiver pronto, o aerogerador será o mais potente já construído no Brasil. Também será o maior. O prospecto prevê uma turbina eólica de 220 metros de altura, quase seis vezes mais alto que os 38 metros da estátua do Cristo Redentor, considerando os 30 metros da estátua e os oito de seu pedestal.
Já o peso da turbina será equivalente ao de 1.660 carros populares — ou então de 44 Boeings 737.