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Petrobras (PETR4) entrega balanço sólido no 1T23, mas futuro das políticas de preços e dividendos segue como um grande mistério

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A Petrobras (PETR4) trouxe um balanço sólido no primeiro trimestre de 2023 que agradou bastante ao mercado. Mais do que os dados operacionais, os acionistas tiveram uma agradável surpresa com a notícia de que a estatal vai distribuir R$ 24,6 bilhões em dividendos. Porém, ainda não parece ser o caso de comemorar, já que as novas estratégias da companhia seguem sem esclarecimento e são motivo de incertezas para o mercado.

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Mais cedo, durante a teleconferência para comentar os resultados da Petrobras, o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores Sérgio Caetano Leite, evitou se comprometer ao comentar como será a distribuição de proventos no futuro.

"Estamos no início do processo [de discussão da nova política] e não temos um direcionamento claro de qual vai ser o caminho ou a periodicidade. Iremos propor o que fizer mais sentido para a gestão de caixa da empresa e para os acionistas", afirmou.

O executivo ainda acrescentou que a recompra de ações é parte da estratégia de flexibilização da gestão de caixa da Petrobras, inserida dentro da política de remuneração. Mais uma vez, a empresa utiliza o argumento de que outras petroleiras ao redor do mundo seguem este mesmo modelo.

Durante a mesma teleconferência, Cláudio Schlosser, que é diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, também evitou detalhar quais mudanças virão na política de preços. Segundo ele, trata-se de "algo do país", ressaltando que o foco está na estratégia comercial mais adequada.

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O que o mercado achou do balanço da Petrobras (PETR4)

Os números da Petrobras (PETR4) entre os meses de janeiro e março foram bem recebidos e PETR4 subia 2,79% por volta das 14h38, cotado a R$ 26,14.

O Itaú BBA, que esperava um corte nos dividendos pagos aos acionistas, disse que continua com o tema no radar e elogiou os resultados, lidos como "sólidos" pelos analistas.

O banco tem recomendação neutra para o ativo, com preço-alvo de R$ 27,00 para o fim deste ano — potencial de ganhos de 6,17% se considerado o fechamento de quinta-feira (11).

Para Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, os números da Petrobras foram coadjvantes diante do anúncio de dividendos bilionários. Mas é inegável que os dados em si vieram bons e acima das expectativas, ainda que pouco.

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O analista destaca o bom desempenho do segmento de Exploração & Produção e também de Gás & Energia, além do endividamento baixo (0,58x dívida líquida/Ebitda) e um bom fluxo de caixa livre.

Sobre os dividendos, Ruy Hungria aponta que a maior dúvida está na política de distribuição: "A maior probabilidade é de que realmente teremos uma redução na distribuição de dividendos para bancar maiores investimentos em energia renovável, refino, entre outros ativos de menor rentabilidade do que o pré-sal", diz.

Ainda assim, diante do valuation barato — 3 vezes os lucros esperados para este ano — e o yield ainda elevado, o ativo permanece na série Vacas Leiteiras da Empiricus, focada em dividendos.

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Já a equipe do JP Morgan, em relatório, aponta que os números da petroleira vieram acima de suas estimativas em todos os segmentos, com destaque para o setor de refino (+24,5%).

Os analistas do banco também analisaram a situação da distribuição de proventos da empresa, apontando que ainda faltam orientações adicionais sobre o assunto. Sendo assim, o JP Morgan diz que há um sinal claro de que a nova gestão prepara mudanças nesse sentido, o que torna improvável qualquer revisão para cima.

A recomendação para PETR4 é neutra.

Outros temas que estão no radar

Com base nas declarações mais recentes dos executivos da estatal, a XP afirma que a política de dividendos da companhia deve ser mais discricionária num futuro próximo, o que traz menos previsibilidade para os investidores.

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Mas, além disso, os analistas da casa também monitoram:

Apesar disso, a XP mantém recomendação de compra para a Petrobras.

O Goldman Sachs também revela, em relatório, que acompanha de perto outros assuntos também essenciais para a Petrobras, como um possível ajuste ao atual plano estratégico da empresa e um eventual programa de recompra de ações.

O banco tem recomendação neutra para o ativo, com preço-alvo de R$ 25,00 para os próximos 12 meses — potencial de queda de 1,69% se considerado o fechamento anterior.

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