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Petrobras (PETR4) deve pagar quase R$ 100 bi em dividendos em 2024, dizem analistas; política de preços dos combustíveis é risco

Montagem com o logo da Petrobras e moedas representando os dividendos da estatal

Montagem com logotipo da Petrobras

O risco de que a era dos dividendos fartos da Petrobras (PETR4) esteja perto do fim pesou sobre as ações da estatal após a mudança na gestão.

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Mas depois que a companhia anunciou a nova política de distribuição de proventos aos acionistas, os analistas começaram a refazer as estimativas mais pessimistas.

É o caso do Bank of America, que calculou o quanto a Petrobras deve distribuir aos acionistas nos próximos anos.

Pelas estimativas dos analistas, a estatal deve pagar US$ 19,5 bilhões em dividendos no ano que vem, o que supera os R$ 96 bilhões, no câmbio atual. O cálculo considera um preço de US$ 90 do barril de petróleo.

Para os analistas do BofA há alta probabilidade de pagamentos extraordinários e há dois principais motivos:

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Vale lembrar que reserva estatutária é um percentual do lucro líquido que a empresa pode reter para uma finalidade específica. 

Esse valor é separado antes da distribuição dos dividendos, mas a Petrobras não tem em suas regras a obrigação de separar um valor como reserva.

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Retorno de dividendos da Petrobras é maior do que de outras petrolíferas

Os analistas do BofA ainda projetam a taxa de retorno dos dividendos (dividend yield) da Petrobras, que deve seguir mais elevada do que a de seus pares no setor.

Nos cálculos do banco, o retorno com dividendos da Petrobras deve atingir 17% no segundo semestre de 2023 e de 21% em 2024.

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Já a expectativa para o dividend yield das petroleiras internacionais deve ficar em aproximadamente 9%, ainda de acordo com o BofA.

Os analistas ponderam que a estimativa para os dividendos depende dos preços internacionais do petróleo, já que os resultados da Petrobras são mais sensíveis às cotações que as demais petrolíferas internacionais. 

E a política de preços de combustíveis da Petrobras?

Apesar do otimismo com os dividendos da companhia, os analistas destacam que é sempre importante acompanhar como está se dando a política de preços de combustíveis da Petrobras.

O banco afirma que a política de preços também é fundamental para prever o seu potencial de geração de caixa. 

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“Com o recente aumento dos preços do petróleo, a política de preços de combustíveis da Petrobras passou no seu primeiro teste de estresse.”

Havia receio de que a companhia não repassasse esse aumento, mas a Petrobras já anunciou aumentos tanto do diesel como da gasolina de 25,8% e 16,3%, respectivamente, depois de os preços do petróleo terem subido cerca de 20% desde o final de junho.

Pelos cálculos do banco americano, a preços do petróleo de US$ 90 o barril, cada desconto de 10% (tanto no diesel quanto na gasolina) frente a preços no exterior afeta a geração de caixa da Petrobras em cerca de US$ 6 bilhões (R$ 29,6 bilhões). 

Atualmente, os analistas avaliam que os preços do diesel e da gasolina estão com desconto de 13% e 4% versus a paridade internacional, respectivamente.

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