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Oncoclínicas fecha acordo milionário com Unimed Recife; ações ONCO3 reagem em forte alta na B3 — e ainda há espaço para mais, segundo o Itaú BBA

Fachada da Oncobio, unidade da Oncoclínicas (ONCO3) em Nova Lima (MG)

Fachada da Oncobio, unidade da Oncoclínicas (ONCO3) em Nova Lima (MG)

Depois de captar milhões em uma oferta de ações (follow-on), a Oncoclínicas (ONCO3) colocou em prática os planos de expansão das operações — desta vez, explorando ainda mais o Nordeste. A empresa anunciou nesta terça-feira (12) um acordo com a Unimed Recife.

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A “novata” da B3 — que chegou à bolsa brasileira na última janela de IPOs, em 2021 — fechou um negócio de longo prazo que pode envolver até R$ 280 milhões.

Desse total, cerca de R$ 168 milhões serão pagos assim que o acordo for concluído. O montante restante, de R$ 112 milhões, está condicionado ao atingimento de metas e deve ser depositado em até cinco anos. 

As ações da Oncoclínicas quase dobraram de valor em 2023 e operam em forte alta hoje. Por volta das 11h25, os papéis ONCO3 subiam 3,5%, negociados a R$ 12,12.

No acumulado do ano, os papéis ONCO3 tiveram valorização da ordem de 103%. Enquanto isso, o Ibovespa subiu 6,5% no mesmo período.

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Apesar da alta recente, as ações da Oncoclínicas ainda seguem longe do patamar do IPO, quando saíram a R$ 19,75.

Os detalhes do acordo da Oncoclínicas (ONCO3)

Segundo a Oncoclínicas, o acordo é estratégico e envolve as operações de cuidado ambulatorial oncológico e de terapias sistêmicas imunomediadas da Unimed Recife. 

Com o negócio, a Oncoclínicas ficará responsável por coordenar serviços para a unidade pernambucana da Unimed pelos próximos 30 anos. 

Vale destacar que a Unimed Recife é considerada a maior operadora de saúde do município e conta com aproximadamente 182 mil beneficiários. A unidade ainda atende outros 90 mil beneficiários do Sistema Unimed por conta do regime de intercâmbio.

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Por sua vez, a Oncoclínica atua com gestão de serviços oncológicos e atualmente se apresenta como um dos maiores grupos de oncologia, radioterapia e hemoterapia da América Latina.

A operação anunciada pela Oncoclínicas ainda estabelece que a Unimed Nacional poderá participar da operação. Porém, os detalhes do envolvimento deverão ser acertados com as empresas.

Além disso, é importante ressaltar que o fechamento do negócio ainda está sujeito à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e outras condições previstas em contrato.

O que dizem os analistas

O Itaú BBA já tinha uma visão positiva para a Oncoclínicas antes do acordo, mas melhoraram as perspectivas após o anúncio.

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O banco manteve a recomendação de "compra" para a ação ONCO3 e fixou um preço-alvo de R$ 17 por papel para o fim deste ano, implicando em um potencial de alta de 45% em relação ao último fechamento.

Os analistas acreditam que a operação com a Unimed Recife pode trazer novos frutos positivos para a empresa.

"Esperamos que esse negócio da Oncoclínicas impulsione ainda mais seu forte crescimento de receita em todo o território brasileiro", escreveram os analistas, em relatório.

Além dos ganhos de receita, os analistas do Itaú BBA preveem que o acordo de exclusividade deve melhorar a eficiência fiscal da empresa.

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Na visão do banco, a transação está avaliada em um múltiplo de 7 vezes a relação valor de firma (EV, na sigla em inglês) sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2024, considerando a projeção de receita bruta de R$ 175 milhões para o próximo ano e uma margem Ebitda estimada de 25%.

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