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Oi (OIBR3) obtém financiamento de US$ 300 milhões com BTG Pactual para pré-pagar dívida com credores; entenda a operação

Imagem do prédio da operadora Oi

Imagem do prédio da operadora Oi, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro

A Oi (OIBR3), atualmente em recuperação judicial, decidiu pré-pagar uma dívida tomada para financiar as operações enquanto tenta se reerguer.

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Para isso, obteve um novo financiamento com o banco BTG Pactual, no valor de US$ 300 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão, nas cotações atuais).

Assim como a dívida anterior, o novo financiamento será na modalidade “debtor in possession” (DiP), destinado a empresas em recuperação judicial.

O financiamento do BTG será feito em uma única tranche, a um custo de 13% ao ano, sendo 6% PIK (em espécie) e 7% cash (em dinheiro). 

Considerando as fees (comissões, em potuguês) e taxas, a operação representa um custo total de 20% ao ano para a Oi no fim do vencimento.

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O prazo de vencimento das notas está marcado para 15 de dezembro de 2024.

A garantia de pagamento da operação será a alienação fiduciária — isto é, a transferência da posse de um bem do devedor ao credor — de 95% das ações de emissão da V.Tal detidas pela Oi.

Lembrando que o BTG já é sócio da operadora na empresa de fibra óptica que foi praticamente o que restou da Oi após a venda de praticamente todos os ativos, incluindo a operação de telefonia móvel para as rivais Vivo, Tim e Claro.

Por que a Oi (OIBR3) fechou acordo com o BTG Pactual

O objetivo do acordo da Oi (OIBR3) é assegurar os recursos necessários para o pré-pagamento do DiP atual, que foi dividido em duas tranches, no valor total de US$ 275 milhões.

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A empresa pretende quitar os US$ 200 milhões devidos aos credores financeiros titulares das notes emitidas pela companhia na primeira tranche. Como a Oi não chegou a sacar a segunda tranche, não precisará desembolsar nenhum valor adicional.

As condições do novo financiamento são mais benéficas para a empresa, segundo a Oi. O custo do novo crédito do BTG é menor do que a linha anterior, cujo custo “all in” é de 23%.

Além disso, a empresa pretende usar o dinheiro remanescente — ou seja, os outros US$ 100 milhões da linha do BTG — para capital de giro e investimentos para manutenção das atividades do Grupo Oi.

No pregão de ontem, as ações da operadora (OIBR3) encerraram cotadas a R$ 0,66. A empresa perdeu mais de 80% do valor apenas nos últimos 12 meses e hoje vale pouco mais de R$ 460 milhões na B3.

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