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O que você prefere: receber dividendos na conta ou reinvestir? Nubank lança dois ETFs que seguem índice criado pela B3

Cartão e app do Nubank

O Nubank acaba de anunciar o lançamento de dois fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) de ações pagadoras de dividendos. A novidade é que um desses fundos permitirá ao investidor receber os proventos diretamente na conta.

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Os novos ativos começam a ser negociados na próxima sexta-feira (29) e são uma parceria da Nu Asset, a gestora da fintech, com a B3, a bolsa brasileira. 

São eles: o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (ticker: NDIV11), que pagará diretamente os investidores, e o Nu Ibov Smart Dividendos (ticker: NSDV11), que reinveste os dividendos no próprio ETF de maneira automática.

Esses novos fundos terão como índice de referência o Ibovespa Smart Dividendos B3 (IBSD B3), derivado do Ibovespa, o principal da bolsa brasileira. Ele é composto por empresas que se destacam como boas pagadoras de dividendos. 

Ambos os ETFs cobram taxa de administração de 0,5%. Os dois novos fundos também possuem liquidez de dois dias úteis.

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As cotas de ambos os fundos serão listadas na B3. Ou seja, o investidor não precisa ter conta no Nubank para investir e pode comprar os ETFs diretamente no aplicativo da corretora onde tem conta. 

Vale ponderar que, no caso do NDIV11 — que distribui dividendos diretamente ao cliente — há tributação de 15% sobre o valor pago aos cotistas. O imposto será recolhido diretamente pelo administrador do fundo.

Trata-se, portanto, de uma aparente desvantagem em relação ao investimento direto em ações que pagam dividendos, já que a distribuição hoje é isenta de IR.

Composição do índice dos novos ETFs de dividendos 

O índice IBSD da B3, usado pelo Nubank como referência dos dois ETFs, considera as empresas do Ibovespa que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço da ação.

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Em outras palavras, as companhias que pagam maiores valores proporcionais, com frequência e valores constantes, terão maior peso — como é o caso da Taesa (TAEE11), por exemplo.

A primeira carteira do Ibovespa Smart Dividendos B3 possui 21 empresas, com validade até 29 de dezembro deste ano. O rebalanceamento também acontece a cada cada quatro meses, assim como nos demais índices da B3. confira a carteira e o peso de cada companhia no índice:

TickerEmpresa% do índice
TAEE11Taesa5,80%
VIVT3Telefônica Brasil5,80%
BBSE3BB Seguridade5,69%
SANB11Banco Santander (Brasil)5,54%
EGIE3Engie Brasil5,49%
ITSA4Itausa AS5,36%
BBAS3Banco do Brasil5,31%
BRAP4Bradespar5,31%
CMIG4Companhia Energética de Minas Gerais S.A5,31%
CPLE6Copel4,83%
CPFE3CPFL Energia4,72%
CSNA3Companhia Siderúrgica Nacional4,62%
VALE3Vale4,59%
GGBR4Gerdau4,52%
VBBR3Vibra Energia4,39%
CYRE3Cyrela4,38%
GOAU4Metalurgica Gerdau AS4,24%
CIEL3Cielo4,21%
PETR4Petrobras4,13%
CMIN3CSN Mineração2,97%
MRFG3Marfrig2,80%
Fonte: B3

Cálculos feitos pela B3 estimam que, se o Ibovespa Smart Dividendos existisse desde 2013, teria dado um retorno de 142% até o final de agosto deste ano. Para efeitos de comparação, no mesmo período, o Ibovespa registrou um avanço de 87%.

Antes do Nubank já havia preferência por ETFs e dividendos

E não são apenas os brasileiros que têm optado por um veículo de investimentos como o ETF. Segundo dados reunidos pela plataforma de pesquisas independentes ETFGI, o volume investido globalmente em ativos do tipo nas duas últimas décadas apresentou evolução de 20% ao ano.

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Apenas na bolsa local, o volume investido em ETFs era de quase R$ 45 bilhões em agosto, segundo o Boletim Mensal ETF da B3.

"A inédita fórmula de pagar dividendos por meio do investimento em ETF e a parceria com a B3 para o desenvolvimento do Ibov Smart Dividendos unem o DNA de inovação que marca a nossa trajetória nos últimos 10 anos e a eficiência almejada pelo investidor", afirma Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset Management.

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