Site icon Seu Dinheiro

Mais problemas para Lemann? Bud Light perde liderança histórica no mercado de cervejas nos EUA

Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil e sócio da Ambev

Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil e sócio da Ambev

O sonho grande de Jorge Paulo Lemann parece estar amargando — e os norte-americanos parecem prontos para adicionar ainda mais água no chope do bilionário. Os problemas do executivo vão para além da Americanas — que admitiu a existência de fraude contábil bilionária — e chegaram à AB Inbev, dona da Ambev.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois de mais de duas décadas de liderança, a Bud Light, fabricada pelo império de Lemann, perdeu o posto de cerveja mais vendida dos Estados Unidos — ao menos no mês de maio.

Quem aproveitou a oportunidade para assumir a posição no último mês foi a Modelo Especial, marca da cervejaria mais famosa do México, a Constellation Brands.

A Modelo foi responsável por 8,4% das vendas de cerveja no varejo dos Estados Unidos durante o período de quatro semanas encerradas em 3 de junho, segundo informações da empresa de dados NIQ enviadas à consultoria Bump Williams.

Enquanto isso, a Bud Light caiu para o segundo lugar, com uma fatia de 7,3% no mesmo período. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As vendas em dólar também representam um alerta para o conglomerado de Lemann: as vendas da Bud Light caíram 24,4% em um mês, enquanto as da Modelo cresceram 12,2%.

A derrocada da cerveja de Lemann

A queda da Bud Light do trono norte-americano é resultado de uma polêmica envolvendo a marca Anheuser-Busch e os clientes dos Estados Unidos. 

O problema de Lemann começou no início de maio, quando a empresa enviou uma lata de Bud Light personalizada a uma influenciadora digital para comemorar o primeiro ano desde sua transição de gênero.

A ação da AB Inbev foi alvo de críticas de conservadores e gerou uma leva de consumidores insatisfeitos com a controvérsia, impactando diretamente as vendas do setor atacadista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na tentativa de amenizar a crise no consumo, o conglomerado teve uma resposta morna à controvérsia: o CEO anunciou que não ofereceu apoio à influenciadora ou à comunidade transgênero.

“Nunca pretendemos fazer parte de uma discussão que divide as pessoas. Nosso negócio é reunir as pessoas para tomar uma cerveja”, disse o CEO Brendan Whitworth.

A declaração acabou por incomodar não apenas os conservadores, como também os defensores da comunidade LGBTQIAP+. 

VEJA TAMBÉM - A NETFLIX REALMENTE PODE TE PROIBIR DE COMPARTILHAR SUA SENHA? VEJA SE VOCÊ PODE IMPEDIR A COBRANÇA

Um futuro amargo para a Bud Light, de Lemann?

As vendas da Bud Light registraram fortes quedas nas semanas seguintes à polêmica, com recuos semanais em torno de 25%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para além da crise de imagem, a tendência de consumo também parece não favorecer a Bud, segundo a consultoria Bump Williams.

“A Modelo Especial parece estar aumentando seu crescimento de vendas a cada semana à medida que avançamos no verão”, disse a Bump Williams à CNN. 

Segundo a empresa de consultoria, os consumidores de cerveja têm mudado sua preferência para produtos mexicanos, o que contribuiu para a liderança da Modelo no mercado dos EUA.

Enquanto a concorrente mexicana cresce no paladar norte-americano, a Bud Light e as suas “irmãs” parecem amargar cada vez mais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As vendas de outras cervejas da família AB Inbev, como Michelob Ultra, Natural Light e Busch Light, também caíram no mesmo período em relação às semanas anteriores.

Vale destacar que, até o momento, a Bud Light continua sendo a cerveja mais vendida dos EUA no acumulado do ano. 

*Com informações de CNN

Exit mobile version