A lista de empresas da B3 que estão recorrendo ao aumento de capital privado para se livrar das pressões no balanço acaba de ganhar mais um membro — a Equatorial (EQTL3).
Na noite de ontem (25), a companhia informou que o conselho de administração aprovou a operação, com um valor mínimo de R$ 77 milhões, mas que pode chegar a R$ 385.155.874 — com a subscrição privada de até 15.406.874 ações.
Caso a operação atinja a sua capacidade máxima, o capital social da empresa poderá chegar a R$ 9,299 bilhões. Acionistas terão prioridade na subscrição dos novos papéis.
As novas ações serão negociadas com um desconto de 9% com relação ao preço atual dos papéis, a R$ 25. O valor foi definido com base na média negociada entre 10 de março e 24 de abril, com um desconto adicional de 7,18%, com o objetivo de incentivar a participação de atuais detentores do papel.
Segundo a Equatorial, a operação servirá para fortalecer a estrutura de capital e assegurar maior robustez financeira "frente às suas necessidades de caixa para as operações empresariais [...] melhorando a liquidez da empresa".
Para os acionistas minoritários que não participarão da oferta, a diluição da fatia detida dentro da empresa costuma ser um problema, mas os analistas encaram com bons olhos a operação.
Para os analistas do Santander, a expectativa é que se a operação atinja o geto, os acionistas devem ver uma diluição de 1,4%, com os recursos destinados a reduzir a alavancagem da companhia.
Já o BTG Pactual aponta que essa não é a única ação que vem sendo tomada pela gestão para colocar as contas em ordem, que incluem também um investimento de R$ 2,1 bilhões feito pelo Itaú no mês passado.