A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acaba de dar o sinal verde para que o Nubank feche o capital no Brasil. O banco digital já havia anunciado sua intenção de deixar a bolsa local no ano passado, mas os planos ainda precisavam do aval da xerife do mercado de capitais.
O "carimbo" necessário foi concedido em reunião realizada nesta quarta-feira (28), segundo comunicado enviado ao mercado, quando o colegiado do órgão deu o aval para que a instituição financeira — que negocia ações na bolsa de valores de Nova York — deixe de ser uma companhia listada com BDRs Nível III na B3.
No lugar do ativos, a fintech passará a negociar apenas BDRs Nível I, o que torna o banco digital comparável a empresas estrangeiras na mesma situação. Ou seja, o Nubank não precisará mais se submeter às normas da CVM.
É investidor do Nubank? Confira suas opções
Segundo o banco, o fechamento de capital no Brasil é uma forma de otimizar processos e custos. E, com a mudança, os investidores que possuem os papéis atuais do Nubank na B3 (NUBR33) têm três opções:
- Receber as ações que dão lastro aos BDRs e que são negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse). Como cada recibo de ação na B3 equivale a 1/6 de ação ordinária classe A do banco digital em Nova York, o investidor que se decidir por esse caminho precisa ter no mínimo 6 BDRs e uma conta ativa em uma corretora nos Estados Unidos;
- Receber os novos BDRs Nível I na mesma proporção na B3;
- Vender os papéis em um processo coordenado pela companhia (sale facility)
Os acionistas, incluindo os participantes do programa NuSócios — clientes que foram presentados com BDRs do Nubank na abertura de capital, em dezembro de 2021 — terão 30 dias para escolher a melhor alternativa para cada um.
A data de início do prazo ainda não foi informada pela instituição financeira. Mas vale destacar que, se o detentor dos BDRs não manifestar uma escolha no período a ser divulgado, a opção padrão será pelo sale facility.
Nesse caso, a fintech venderá na Nyse as ações que servem de lastro aos recibos de ações negociados atualmente na B3. Os valores em dólares serão então convertidos em reais, e os detentores dos BDRs receberão o valor equivalente ao preço médio por ação praticado na venda, após impostos.