A B3 (B3SA3) recebeu uma elevação significativa no preço-alvo de suas ações. O Bank of America (BofA) aumentou sua estimativa de R$ 13 para R$ 18 sob a justificativa de que a B3 poderá passar por uma reavaliação positiva e registrar um aumento nos ganhos durante um futuro ciclo de afrouxamento monetário no segundo semestre.
Essa revisão indica um potencial de valorização de 35% em relação ao preço de fechamento de ontem (30) e leva em consideração o desempenho histórico da B3 durante ciclos de corte da taxa de juros.
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"O lucro da B3 e o desempenho das ações são inversamente correlacionados a movimentos nas taxas de juros, com a ação sendo negociada a uma média de 13 vezes o preço/lucro durante ciclos de aperto e 22 vezes durante ciclos de afrouxamento nos últimos 10 anos", disse o BofA.
Atualmente, a ação está sendo negociada a um múltiplo preço/lucro de 15 vezes, o que sugere um potencial de valorização adicional com a perspectiva de cortes na Selic no segundo semestre.
Nesse cenário, o BofA projeta que o lucro da B3 acelere em 2024, atingindo um crescimento de 13%, em comparação com a provável estagnação que será registrada neste ano. Esse crescimento será impulsionado por uma geração de receita mais robusta e margens operacionais relativamente estáveis.
Riscos para a tese da B3
O BofA destaca, no entanto, alguns riscos potenciais para a concretização dessa expectativa. Entre eles, estão o aumento da competição no mercado de ações devido a possíveis novos entrantes e mudanças regulatórias e tecnológicas. Além disso, existem incertezas relacionadas a demandas legais não resolvidas da ordem de R$ 56 bilhões, ou seja, cerca de 70% do valor de mercado atual da B3.