A Amazon Web Services (AWS), unidade de serviços de computação em nuvem da Amazon, anunciou nesta terça-feira (28) dois novos chips para clientes desenvolverem aplicações de inteligência artificial (IA), o Trainium2 e o processador Graviton4.
Durante a sua conferência Reinvent, em Las Vegas, a empresa também informou que oferecerá acesso às mais recentes unidades de processamento gráfico H200 AI, da Nvidia — consideradas as “GPUs mais poderosas do mundo” pela fabricante de chips de IA.
Não é de hoje que a AWS está tentando ganhar destaque como fornecedora de serviços de computação em nuvem variados e com opções econômicas. Assim, além de vender itens mais em conta, a companhia contará com produtos de primeira linha, não só próprios como de terceiros, como a Nvidia.
Isso pode ajudar a subsidiária da Amazon a ganhar força para enfrentar a sua principal rival: a Microsoft. No começo deste mês, a multinacional americana de tecnologia adotou uma abordagem dupla semelhante ao anunciar o Maia 100, o seu chip inaugural de IA, e que seu serviço de nuvem Azure também passará a oferecer as GPUs Nvidia H200.
Os novos chips de IA da Amazon
Em comparação com os chips Trainium, de primeira geração, o Trainium2 foi projetado para oferecer treinamento de IAs até 4x mais rápido e poderá ser implantado em EC2 UltraClusters de até 100.000 chips.
De modo geral, isso possibilita que modelos básicos (FMs) e modelos de linguagem grande (LLMs) sejam treinados rapidamente — além de melhorar a eficiência energética em até 2x.
Já os processadores Graviton4, comparado aos Graviton3, oferecem desempenho de computação até 30% melhor, 50% mais núcleos e 75% mais largura de banda de memória. Eles ainda consomem menos energia que os chips da Intel ou AMD, já que são baseados na arquitetura Arm.
Até o momento, a Amazon Web Services não anunciou datas de lançamento para instâncias que dependem do Trainium2 ou de máquinas virtuais com chips Nvidia H200. No entanto, antes mesmo de as instâncias de máquinas virtuais Graviton4 se tornarem disponíveis comercialmente, os clientes da AWS podem começar a testá-las.
*Com informações da CNBC.