A Eneva (ENEV3) está enfrentando uma segunda-feira (5) escura: as ações da empresa de energia lideram as perdas do Ibovespa, com queda de 3%, depois que o UBS BB mudou a recomendação para os papéis da companhia.
O banco suíço deixou de recomendar uma posição neutra para ENEV3 e passou a indicar venda e cortou o preço-alvo de R$ 15 para R$ 10,50 em 12 meses — o que representa uma desvalorização de 12% em relação ao fechamento de sexta-feira (5).
A mudança tem duas razões:
- A pressão contínua sobre os preços da energia devido ao excesso de oferta, causado pela entrada de fontes renováveis na matriz energética brasileira, dificultando a renovação dos contratos de reserva de energia da Eneva.
- A deterioração do ambiente macroeconômico, o que também afeta negativamente as perspectivas da companhia.
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Eneva: outras preocupações
Mas não é só isso que chamou atenção do UBS BB — o banco tem outras preocupações.
A primeira delas é em relação à Termofortaleza, cujo contrato expirou em dezembro de 2023, o que aumenta a incerteza.
“Embora se espere que um novo contrato seja assinado, os investidores devem ficar atentos ao preço desse novo contrato”, diz o UBS BB em relatório.
O banco também destaca o Bahia Terra, cujo risco de venda aumentou devido a mudanças na gestão da Petrobras e aos atrasos no desinvestimento por parte do novo governo — ambiente que coloca ainda mais incerteza para a Eneva.
Alavancagem e outras coisas mais
O UBS BB diz ainda que a Eneva está altamente alavancada, com uma relação dívida líquida/Ebitda de 4,6 vezes no primeiro trimestre de 2023.
Essa situação, segundo o banco, combinada com juros elevados e o excesso de oferta de energia, resulta em menor despacho e considerável redução na entrada de receita.
"Uma combinação de boa hidrologia e uma forte entrada de fontes renováveis na matriz, dado um governo mais focado em ESG, está impulsionando nossa perspectiva incerta em relação à renovação dos contratos", diz o UBS BB em nota.
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