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3R Petroleum: com menos reservas, é hora de esvaziar a carteira de RRRP3? O BTG Pactual responde

Funcionários da 3R Petroleum

Instalações da 3R Petroleum

As reservas provadas (1P) da 3R Petroleum caíram 2,5% em um ano, passando para 367,2 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em 2023. Se olharmos as reservas provadas e prováveis (2P) também houve queda: de 523,7 milhões de boe para 516 milhões de barris. Diante desse desempenho, é hora de vender as ações RRRP3?

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A resposta do BTG Pactual é não. Segundo o banco, os números apresentados são melhores do que o mercado previa — os investidores acreditavam que os investimentos iriam aumentar significativamente e que os volumes despencariam. 

Por isso, o BTG manteve a recomendação de compra para a 3R, com preço-alvo de R$ 85 para 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 207% em relação ao fechamento de quarta-feira (05). 

Nesta quinta-feira (06), os papéis RRP3 operam em alta, mas em um ano acumulam baixa de 35%. 

Por dentro dos números da 3R Petroleum

Segundo o relatório de certificação de reservas 2023, a 3R Petroleum tem agora 516 milhões de boe de reservas provadas mais prováveis (2P), dos quais 367,2 milhões de barris ou 71% são reservas provadas (1P) — 32% das reservas 2P são classificadas como reservas provadas desenvolvidas em produção (PDP). 

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Do total de reservas 2P, 12% representam reservas de gás natural. 

A 3R destacou que os volumes certificados relativos à Malombe, que compõem o Polo Peroá, foram classificados como recursos contingentes (12 milhões de boe), condicionados apenas à declaração de comercialidade do ativo perante a ANP. 

O valor presente líquido, calculado à taxa de desconto de 10% ao ano, estimado para o portfólio é de US$ 4,71 bilhões e US$ 6,32 bilhões para as reservas 1P e 2P, respectivamente.

Pico da produção vai atrasar

O BTG chama atenção para a diminuição na curva de produção de curto prazo da 3R Petroleum, com oferta estimada de 45 mil barris por dia para 2023.

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“Esse volume menor do que as projeções anteriores de 50 mil barris por dia, mas em linha com as nossas estimativas, pois já considerávamos os impactos de operações recentes em alguns ativos e o atraso na incorporação da Potiguar”, diz o BTG em relatório. 

 Como resultado, o banco espera agora que o pico de produção ocorra entre 2028 e 2029. 

“No geral, as projeções são realistas dada a quantidade limitada de ganhos de eficiência e preços de petróleo mais baixos”, diz o BTG. 

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