Após três anos de proibição, a China decidiu suspender as restrições de viagens em grupo para mais de 70 locais pelo globo. A medida acontece em meio ao desempenho econômico mais fraco que o esperado do gigante asiático com a reabertura da economia.
Isso porque os céus asiáticos estavam praticamente fechados para as companhias aéreas de turismo desde 2020 para conter os avanços da pandemia da covid-19.
O Ministério da Cultura e Turismo da China disse nesta quinta-feira (10) que as excursões em grupo serão retomadas para destinos na Ásia-Pacífico, Europa, África e América do Norte.
Entre os destinos de viagem, estão o Japão, Coreia do Sul, Austrália, Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Suécia, Catar, Omã, Líbano e Israel.
Com a revogação da proibição, as ações de empresas ligadas ao setor de turismo na Ásia retomaram o otimismo e passaram a operar em alta.
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Coreia do Sul reage à liberação da China
Os papéis de companhias sul-coreanas do setor tiveram o maior desempenho nesta manhã. Isso porque esta é a primeira vez em seis anos que a China está permitindo viagens em grupo para a Coreia do Sul.
O gigante asiático suspendeu voos para o país vizinho em 2017, numa resposta à instalação de um escudo antimísseis dos Estados Unidos na Coreia do Sul.
Na época, a China afirmou que iria defender "com determinação" sua segurança após a instalação do escudo antimísseis americano nos territórios sul-coreanos.
Pequim considerava que o sistema e os radares da instalação poderiam reduzir a eficiência de seus próprios sistemas de mísseis.
Com a liberação de viagens em grupo para a Coréia do Sul, agências de turismo, companhias aéreas e hotéis sul-coreanos entraram em disparada.
As ações da agência de viagens Lotte Tour Development avançaram mais de 25%. Já a administradora de hotéis de luxo Hotel Shilla registrou alta de 17%.
As companhias aéreas da Coreia do Sul também registraram ganhos, apesar da chegada do tufão Khanun ao país ter afetado o segmento nesta quinta-feira.
As chuvas causadas pelo tufão resultaram no cancelamento de mais de 330 voos e na transferência de 10 mil pessoas para um local seguro, segundo informações da Reuters.
*Com informações de Reuters e CNBC