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Vai ficar mais barato comprar carro no Brasil? Entenda novo projeto do governo

Carro Fiat Mobi, um dos modelos mais baratos à venda no Brasil

Uma reclamação constante no Brasil nos últimos tempos é o preço de um carro, especialmente aqueles que deveriam ser "populares" mas custam acima de R$ 100 mil. Hoje, quem quer comprar um veículo novo não consegue gastar menos que isso, um dos reflexos da pandemia — com menor oferta, falta de componentes e dólar em alta.

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De olho nisso, o governo federal prevê o lançamento de um plano de incentivo no próximo dia 25 de maio, Dia da Indústria, que inclui toda a cadeia industrial. A ideia é oferecer reduções tributárias, linhas de crédito para o setor e ainda um programa de financiamento de longo prazo, além de incentivar veículos mais sustentáveis e com itens nacionais.

Há algumas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer que o ideal seria reduzir os preços de carros de entrada para R$ 60 mil.

Assim, o primeiro carro que pode entrar no novo programa é o Renault Kwid na versão Zen, que hoje custa R$ 69 mil. O Fiat Mobi também é um dos candidatos, já que custa o mesmo preço. Na semana passada, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se reuniu com representantes da montadora francesa, naquele que pode ter sido o início de um possível acordo.

Uma outra abordagem para fabricantes que não pretendem produzir versões mais simples e, portanto, de menor custo de seus carros, é tentar uma tributação menor para qualquer que seja o preço e o modelo vendido. Os veículos menos poluentes, como híbridos e elétricos, devem ser beneficiados.

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Também existe a intenção de estender esse plano para a indústria de caminhões, conforme sinalizou Geraldo Alckmin.

O carro pode ficar mais barato, mas como pagar?

É preciso assumir que ainda que o valor de um carro zero seja de R$ 60 mil, ele ainda pode estar distante da realidade de boa parte dos brasileiros em tempos de crise econômica e juros altos.

Assim, uma das soluções estudadas pelo governo é utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como garantia, evitando que os juros fiquem ainda maiores diante do risco de crédito para os bancos e também a inadimplência.

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Financiamentos mais longos também estão no radar, com negócios que podem incluir até seis anos.

Toda essa discussão é vista com certa urgência pela equipe econômica, já que muitas montadoras suspenderam sua produção nos últimos meses diante das vendas baixas, o que poderia gerar uma onda de demissões num futuro próximo

Segundo o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, anfitrião do Fórum de Desenvolvimento, o vice-presidente indicou que a desoneração da carga tributária deve valer para veículos abaixo de R$ 100 mil.

"Nós esperamos medidas efetivas para aquecer a indústria. Ele deu pontos que possam estar envolvidos, não há nada conclusivo, mas existe uma expectativa muito grande para veículos abaixo de R$ 100 mil terem redução na carga tributária como um todo", disse. Empresários do setor também cobraram Alckmin pela volta de mecanismos de financiamento.

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"O grande instrumento para aquecer a volta da venda de veículos, além da redução da carga, é dar uma garantia que o dr. Geraldo deixou claro, que é usar o FGTS como fundo garantidor. Nós precisamos oferecer ao órgão financiador uma facilidade de retomar o bem caso o credor se torne insolvente", disse. O prefeito também apresentou demandas para que o pacote inclua benefícios tributários para pessoas jurídicas, como as montadoras.

A volta do tema ganhou corpo no início de abril, quando a Fenabrave, a associação de concessionários de veículos, e algumas montadoras passaram a defender a necessidade de oferta de carros mais baratos para tentar recuperar o mercado.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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