Se o tempo fechou no mês de agosto, os “tubarões” do mercado mostram que não têm medo de mar revolto. Uma pesquisa da XP com 54 investidores institucionais, como gestores de fundos de investimento e de pensão, aponta que o otimismo com a bolsa inclusive ficou maior, apesar da queda recente.
De acordo com o levantamento, 96% planejam aumentar (52%) ou manter (44%) a exposição em ações na bolsa nos próximos seis meses. O resultado representa um aumento de 10 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
A maioria dos investidores ainda acredita que o Ibovespa supere os 120 mil pontos até o final de 2023, mas o percentual de entrevistados que apostam nesse cenário caiu de 86% para 76%.
A média das estimativas para o principal índice da B3 no fim deste ano é de 123.800 pontos, de acordo com a pesquisa, que ouviu investidores responsáveis por um total de R$ 112 bilhões em ativos.
Apesar do otimismo, os tubarões preferem águas mais calmas na hora de selecionar as melhores alternativas na bolsa. A escolha da maioria recai sobre ações dos setores financeiro, utilidade pública, óleo & gás e imobiliário.
Por outro lado, os investidores estão com menos apetite por papéis ligados a segmentos com alto potencial de crescimento, além das small caps (ações com menor capitalização de mercado) e telecomunicações.
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Os riscos para a bolsa no radar
As preocupações fiscais no Brasil estão no topo da lista dos investidores quando o assunto são os riscos para a bolsa, ainda de acordo com a pesquisa da XP.
Isso porque, apesar da aprovação do arcabouço fiscal, o governo tem se concentrado principalmente em iniciativas de aumento de receita para fechar as contas.
Por fim, a descrença de uma recuperação econômica da China também é um fator de risco, mesmo com o governo implementando uma série de medidas para ajudar a alavancar a economia do país, segundo os investidores ouvidos pela XP.