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Por que o ouro voltou a brilhar e atingiu a maior cotação em sete meses — e o que pode acabar com esse momento de ‘glória’

Barras de ouro

Referência de investimento de proteção e reserva de valor, o ouro voltou a reluzir nos mercados internacionais e superou novamente a barreira dos US$ 2.000, na maior cotação em sete meses.

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Mas, afinal, o que fez o metal precioso brilhar novamente nas carteiras dos investidores? E, mais importante, o que pode reverter essa tendência e transformar o ativo em “ouro de tolo”?

Lá fora, as cotações do ouro costumam ser diretamente relacionadas com as do dólar. Você provavelmente já deve conhecer um pouco dessa relação de “amor e ódio” entre dois: quando um sobe, o outro tende a se desvalorizar. 

Foi o que aconteceu recentemente, quando a moeda norte-americana perdeu valor em relação a uma série de moedas. Por exemplo, o índice DXY, que compara o dólar com uma cesta de divisas de países desenvolvidos, saiu dos quase 107 pontos para menos de 103 pontos em pouco mais de um mês.

Praticamente ao mesmo tempo, o ouro saiu do patamar de US$ 1.800 para os atuais US$ 2.040,06 por onça. 

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E tanto a trajetória do ouro como do dólar foram afetadas pela expectativa dos investidores para os juros nos Estados Unidos. O alívio nas taxas dos Treasurys, os títulos do governo norte-americano, ajudou a impulsionar as cotações do metal.

Isso porque o mercado mudou a expectativa para os juros e espera que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, reduza as taxas até ao primeiro semestre do próximo ano. 

Então, se há perspectiva de queda de juros nos EUA, o ouro ganha espaço para subir, já que isso deixa os títulos públicos americanos, os treasurys, menos atraentes e o dólar tende a se desvalorizar. 

Existe um porém… 

Bom, se quando o dólar cai o ouro tende a subir, o contrário também é verdadeiro. 

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Quando há perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos, independentemente de haver temores de crises no mundo ou não, o ouro perde força. 

Isso acontece porque, nessas circunstâncias, os títulos públicos americanos se tornam mais atraentes, já que eles pagam juros e o ouro não — o investidor só ganha com o ouro se o ativo se valorizar, ele não paga juros ou dividendos, por exemplo.

O que esperar do ouro agora? 

Como você já entendeu, a expectativa para as cotações do ouro vai depender principalmente da expectativa do mercado para a economia dos Estados Unidos e da trajetória dos juros.

Assim, o momento é favorável para o metal. Um ambiente de incerteza econômica por mais tempo e a perspectiva de queda nas taxas de juro seriam uma boa para os preços do ouro.

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De qualquer forma, amanhã (30) saem os dados mensais de outubro da inflação do PCE — o indicador de inflação preferido do Fed — e os investidores devem seguir atentos a isso. 

Por volta das 17h, o ouro à vista registrava alta de 0,25%, cotado a US$ 2.046,29 por onça. 

*Com informações da CNBC

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