As vendas de veículos zero-quilômetro atingiram a marca dos 115 mil automóveis em menos de um mês, em grande parte graças ao programa de incentivo ao "carro popular". Entretanto, não há espaço para uma nova ampliação dos incentivos à indústria automobilística.
O comentário foi feito nesta sexta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O programa automotivo do governo recebeu um aporte de R$ 300 milhões para a compra de carros populares e chegou ao montante de R$ 1,8 bilhão no total, incluindo verbas para compra de ônibus e caminhões.
Por que o programa do carro popular não deve ser ampliado
"Digo que não haverá nova ampliação. Isso aí exige compensação e as compensações, estamos chegando num momento do ano em que não há mais espaço fiscal para isso", disse Haddad.
O ministro destacou que o governo abriu uma lei de crédito importante para permitir a renovação de frota de ônibus e caminhões, e que ainda há recursos para aquisição desses veículos.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, convocou coletiva para apresentar balanço do programa do carro popular na manhã desta sexta-feira.
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Transição ecológica
O ministro Fernando Haddad também disse nesta sexta-feira que apresentaria o programa de transição ecológica para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda hoje.
De acordo com o Estadão/Broadcast, o projeto terá prioridade no segundo semestre e a expectativa do governo é de que atraia mais investimentos para o País.
Segundo Haddad, será o primeiro contato de Lula com a proposta.
"Esse plano é de curto, médio e longo prazo. Não é uma coisa que se esgota em um mês. Entendo que o presidente Lula pode ter um protagonismo internacional com esse plano para o Brasil servir de exemplo sobre como conduzir a economia num momento de crise climática e geopolítica", disse.