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O ChatGPT e a inteligência artificial vão substituir os influenciadores digitais? Isso já está acontecendo na China

Inteligência Artificial (IA) empresas do setor correm para sair na frente

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Como já faz algum tempo que não trago nenhuma novidade de inteligência artificial aos meus leitores, hoje vou atualizá-los sobre o que de mais interessante tem acontecido no setor.

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Aqui vão três novidades, com um detalhe dramático: a mais assustadora por último.

ChatGPT vai gerar imagens em breve

Geração de imagens foi o primeiro uso de inteligência artificial a mostrar ao público geral o potencial dessa nova tecnologia.

Modelos como DALL-E (da OpenAI, criadora do ChatGPT), Midjourney e vários outros nos tornaram capazes de transformar nossas palavras em arte.

Se você nunca testou um modelo desses, aqui está o link para conhecer o Midjourney quando terminar essa leitura.

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Hoje, softwares líderes no segmento artístico — como os da Adobe — incorporaram totalmente essa tecnologia aos seus produtos e já mudaram significativamente a maneira como os designers trabalham.

Esse vídeo oficial da Adobe ilustra bem como as coisas funcionam:

A competição é tão intensa e o produto (a capacidade de gerar imagens a partir de texto) tornou-se tão acessível que uma rápida pesquisa no Google retorna infinitas alternativas, todas elas muito parecidas:

Fonte: Google

Quando uma tecnologia torna-se commoditizada tão rapidamente, tendemos a ver atributos subjetivos (como poder de marca) se sobressaírem em relação aos aspectos mais técnicos.

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E quem possui uma marca mais forte no segmento de AI do que a OpenAI, com seu ChatGPT?

Fonte: NY Times

Alavancado na força da marca, a OpenAI integrou o DALL-E (seu modelo de imagens) ao ChatGPT e os resultados parecem assustadores (no bom sentido).

Por enquanto, a funcionalidade ainda não está disponível no Brasil (aliás, essa demora em termos as ferramentas disponíveis por aqui tem sido estranhamente longa).

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Nesse vídeo é possível ver o ChatGPT em ação criando imagens.

A Alexa vai conversar com você, de verdade desta vez

A Alexa é um dos produtos de tecnologia mais frustrantes com os quais já interagi.

Lá em casa, ela tem basicamente três usos:

A interface simples da Alexa esbarra na falta de usos de caso: a Amazon não foi capaz de criar um ecossistema complexo de desenvolvedores trabalhando para desenvolver aplicativos para a Alexa, mesmo ela sendo um sucesso comercial absoluto em termos de vendas.

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Essa limitação, talvez, esteja prestes a acabar.

Fonte: The Verge

De acordo com a The Verge, a Amazon está trabalhando numa versão turbinada da Alexa, com modelos de linguagem embutidos.

A visão é simples: imagine interagir com o ChatGPT, porém conversando literalmente usando a sua voz, sem a necessidade de transcrever por escrito seus pensamentos.

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É bem fácil se ver imaginando quantos novos usos a Alexa poderia ter se fosse turbinada com modelos como esse.

Uma semana depois dessa notícia, a Amazon anunciou um investimento de US$ 4 bilhões na Anthropic, a principal concorrente da OpenAI.

Fonte: The Verge

As coisas estão esquentando e em breve deveremos ter uma segunda onda de grandes inovações de AI chegando ao mercado.

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Streamers que não existem

Nos últimos dias, me deparei com uma matéria assustadora no Technology Review, do MIT.

Essa notícia envolve China, AI e e-commerce.

Uma das maiores diferenças entre os e-commerces ocidentais e os chineses está na relevância dos influenciadores e o seu papel na cadeia de valor.

Estamos acostumados a ver influenciadores fazendo um "jabá" rápido de algum dos patrocinadores em meio a um de seus conteúdos ou estrelando um rápido comercial provendo alguma marca.

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Na China, são muito populares as lives de vendas. 

Os maiores influenciadores do país, numa live, são capazes de gerar vendas de US$ 1 bilhão dos mais variados produtos, literalmente testando e recomendando os produtos ao vivo, em frente às câmeras.

Na matéria acima, da Technology Review, o MIT chama a atenção para a enorme quantidade de lives de vendas que se encontram nos maiores e-commerces chineses mesmo acessando a plataforma de madrugada.

Essas lives são inteiramente conduzidas por avatares de influencers famosos, ou seja, são produto da criação de modelos de AI.

Os influencers interagem com o público, demonstram o uso dos produtos e lembram aos seguidores de se inscreverem no canal e apertar o sininho, com a leve sutileza de que eles não são reais.

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Treinar um avatar como esses requer apenas 1 minuto de vídeo gravado pelo influencer que se deseja "clonar".

Numa indústria onde impera a lei de Pareto (cerca de 20% dos influencers geram 80% das vendas), a longa cauda de sonhadores está sendo rapidamente substituída por avatares de inteligência artificial.

No mínimo, assustador.

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