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Ações de empresas na B3 com mulheres na liderança superam de longe o Ibovespa em rentabilidade; veja os números

luiza trajano da magazine luiza

Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza - Foto: Divulgação

Se o único critério para a escolha dos executivos das empresas na bolsa brasileira fosse a rentabilidade, certamente o número de mulheres no alto escalão deveria ser bem maior.

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Um estudo da XP mostra que as ações de companhias que possuem mais lideranças femininas registraram uma valorização bem acima do Ibovespa, o principal índice da B3.

A partir de um mapeamento das companhias de capital aberto no Brasil com presença feminina no conselho de administração, o relatório apontou que as 15 empresas com maior participação de mulheres detêm um retorno acumulado de 349%, considerando o período entre 2010 e 2022. 

No mesmo período, o Ibovespa teve um desempenho bem mais modesto, com uma alta de apenas 49%.

Mesmo que a passos lentos, as mulheres têm conquistado dia a dia mais espaço dentro do mercado financeiro. Hoje, apenas 44% das 447 empresas brasileiras listadas na B3 possuem figuras femininas em cargos de lideranças. 

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Em geral, elas ocupam apenas 0,67% das posições de CEOs, 12% das cadeiras em diretorias e são cerca de 14,8% dos membros em conselhos de administração — uma representação muito menor do que em comparação a outras bolsas internacionais, como por exemplo, o S&P 500. 

Nos EUA, cerca de 6% das 500 empresas que compõem o índice são comandadas por mulheres. Elas também ocupam 29% dos cargos de liderança e 30% das cadeiras nos conselhos de administração. 

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B3: empresas com mulheres no CA

Entre as 15 empresas com maior presença feminina na B3 e que acumularam maior retorno frente ao Ibovespa estão a varejista Magazine Luiza (MLGU3), com Luiza Trajano no conselho de administração, e o Banco do Brasil (BBAS3). A instituição conta com três mulheres entre os oito membros do conselho e acaba de ter a primeira mulher como CEO, com Tarciana Medeiros. 

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Confira a seguir as 15 empresas com mais mulheres, de acordo com a XP: 

Ainda segundo o levantamento, o número de mulheres que ocupam cargos de liderança em empresas brasileiras listadas aumentou de 9% em 2017 para 15% em 2022. 

O relatório destaca que esse movimento é resultado do avanço da agenda regulatória de ESG promovida pela B3, além da “pressão por parte dos investidores e consumidores”. 

“(...) Com destaque para a proposta de um novo conjunto de normas como parte da iniciativa “relate ou explique”, cujo objetivo é, principalmente, aumentar a participação de grupos subrepresentados em cargos de liderança. Se aprovadas, as companhias listadas terão até 2025 para divulgar em seus formulários de referência a eleição de membro diverso ou justificar em caso contrário”, diz o relatório da XP.

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Representação feminina no mundo 

Por fim, o estudo aponta que o aumento da presença feminina em conselhos de administração também trata-se de um movimento em nível global.

“Ao olhar para mais de 2.800 empresas que fazem parte do índice de ações globais, MSCI All Country World (MSCI ACWI), a porcentagem de mulheres nos conselhos chegou a 24,5% em 2022.”

Setores em destaque

Ainda em nível global, as mulheres ocupam cargos nas diretorias de empresas dos setores de: 

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