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Wall Street celebra Fed e juros com explosão de recorde e investidor encerra pregão satisfeito

bandeira dos estados unidos em wall street

Bandeira dos Estados Unidos em Wall Street.

Se os investidores estavam esperando um dia para comemorar, esse dia chegou. Embora o Federal Reserve (Fed) não tenha cortado os juros ainda, a sinalização de que pelo menos três reduções da taxa são previstas para 2024 foi o suficiente para mandar os principais índices da Bolsa de Nova York para recordes históricos. 

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O Dow Jones subiu 500 pontos e encerrou o dia acima dos 37 mil pontos pela primeira vez — o último recorde do índice tinha sido em janeiro de 2022. 

O S&P 500 avançou mais de 1% com o setor bancário de imobiliário liderando os ganhos, assim como o Nasdaq, que teve alta de mais de 1%. 

Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações dos EUA no fechamento:

Com corte de juros, é para o alto e avante

O mercado abriu as negociações com dados de inflação mais encorajadores na semana. O índice de preços ao produtor norte-americano ficou inalterado em novembro e o índice de preços ao consumidor dos EUA mostrou os preços desacelerando para uma taxa anual de 3,1% no mês passado.

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Com os dados em mãos, os investidores aguardavam pelo Fed — o mercado tem esperado cada vez mais que o banco central norte-americano dê um sinal mais claro de que começará a cortar os juros no próximo ano, com a recente flexibilização dos dados de inflação.

Como esperado, o Federal Reserve manteve os juros inalterados na faixa entre 5,25% e 5,5%, mas previu três cortes na taxa em 2024 — acima do que vinha sendo indicado até então. 

O comunicado reconheceu que a inflação desacelerou ao longo do último ano e o banco central norte-americano reduziu formalmente a previsão de inflação para 2024 — vendo uma taxa de 2,4% para o ano que vem, abaixo dos 2,6% da projeção anterior. 

Embora tenha tentado moderar as expectativas do mercado, o próprio presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que o banco central não deve esperar que a inflação atinja a meta de 2% para começar o ciclo de afrouxamento monetário. 

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Powell tenta pedir calma

Mesmo com todos os sinais de que o corte de juros vem aí, Powell tentou acalmar os mercados, que ficaram eufóricos com as projeções dos membros do comitê de política monetária do Fed.

O chefão do Fed insistiu que o banco central norte-americano não está confiante de que a inflação está em uma trajetória de desaceleração, mantendo a porta aberta para um novo aperto monetário caso seja preciso.

"Os membros do comitê não quiseram descartar completamente novos apertos monetários no futuro. O que estamos tentando fazer agora é entender se a política monetária é suficientemente restritiva", disse Powell, acrescentando que sabe que "as pessoas acreditam que é provável que não subiremos mais os juros".

Ele alertou ainda que um crescimento mais robusto da economia dos EUA poderia retardar a volta da inflação para a meta de 2%. "O crescimento mais robusto da economia pode significar a necessidade de mais aperto monetário à frente", afirmou.

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