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Por que as ações do Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) amargam mais um dia de forte queda na B3

Montagem com Baianinho, mascote da Casas Bahia (BHIA3)

Parece replay mas não é. As ações das varejistas seguem novamente entre as maiores quedas da B3 neste último pregão da semana. O destaque negativo fica mais uma vez para Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), que lideram as baixas do Ibovespa . 

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E olha que as ações tinham tudo para se recuperar do baque recente. Afinal, os juros futuros (DIs) operam hoje relativamente comportados, o que tira uma fonte de pressão sobre os papéis.

As taxas dos juros longos mexem com as varejistas porque balizam o custo do crédito das operações das companhias.

Porém, mesmo com o alívio nos DIs, as ações das Casas Bahia (BHIA3) e do Magazine Luiza (MGLU3) lideraram a ponta negativa na B3 nesta sexta-feira (22). Os papéis BHIA3 terminaram o pregão com queda de 8,11%, já os MGLU3 caíram 4,68%.

Com a queda de hoje, os papéis da antiga Via já acumulam uma desvalorização de mais de 70% neste ano. O Magalu está em uma situação melhor na B3, mas vem engatando uma sequência de baixas e agora registra uma perda de quase 20% em 2023.

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Além da mudança na perspectiva para os juros de longo prazo, os investidores seguem preocupados com a situação financeira das varejistas. Em especial da Casas Bahia, que acaba de fazer uma oferta de ações para tentar reequilibrar o balanço.

Casas Bahia (BHIA3) em queda livre

Há pelo menos dois anos, a recém-nomeada Casas Bahia (BHIA3) tenta reorganizar as contas. 

As preocupações com o endividamento da companhia ganharam força com os sucessivos aumentos na taxa Selic, entre março de 2021 e agosto de 2022, para conter a alta da inflação. No período, a taxa básica de juros saltou de 2% até 13,75% ao ano. 

O que refletiu rapidamente no desempenho das ações. Vale lembrar que os juros em níveis mais altos por mais tempo limitam o acesso ao crédito, e consequentemente, reduzem os investimentos – inclusive nas bolsas de valores. 

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E, apesar do Banco Central  já ter iniciado o ciclo de cortes na taxa Selic, a expectativa é de que pouca coisa deve melhorar nas contas da antiga Via. 

Recentemente, a companhia traçou um plano para trazer mais de R$ 3 bilhões em receitas, entre venda de ativos e corte de custos. 

Entre as estratégias adotadas, a empresa lançou mão de uma oferta pública de ações (follow-on), no início de setembro. A expectativa era levantar quase R$ 1 bilhão com a operação, mas a captação ficou abaixo do previsto

Com um preço de R$ 0,80 por ação e a emissão de 78.649.283 novos papéis, a oferta movimentou R$ 623 milhões.

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E o Magazine Luiza?

O Magazine Luiza enfrenta o mesmo vento contrário da Casas Bahia. A empresa sentiu a desaceleração do comércio eletrônico com o fim da pandemia, ao mesmo tempo em que a alta dos juros pesou sobre as despesas financeiras da varejista.

A empresa de Luiza Trajano vem apresentando sucessivos prejuízos e queima de caixa operacional. A expectativa de virada com o início do ciclo de cortes da Selic, em agosto, acabou sendo frustrada com a piora recente dos mercados.

E quem está subindo hoje? 

Já na ponta positiva, as ações do Carrefour (CRFB3) se destacam na liderança dos ganhos do Ibovespa, com alta superior a 2%. 

Os papéis são beneficiados pelo recuo das ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), após o Santander rebaixar a recomendação de compra para neutra, acompanhado do corte no preço-alvo de R$ 35 para R$ 5,70. 

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Em dia de agenda esvaziada e sem novidades sobre a companhia, o movimento de alta faz parte de um reajuste de posições dos investidores após a cautela com as decisões dos bancos centrais. 

Outras ações que chamam a atenção hoje na B3 são as da resseguradora IRB (IRBR3). A companhia reverteu o prejuízo líquido de R$ 58,9 milhões de julho de 2022 para  lucro líquido de R$ 22,3 milhões no mesmo mês deste ano

Com o resultado, o IRB acumula lucro de R$ 51 milhões nos primeiros sete meses deste ano. No mesmo período do ano anterior, a empresa amargou prejuízo de R$ 351,7 milhões.

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