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Os ‘tubarões’ perderam o apetite? Grandes investidores diminuem otimismo com a bolsa, diz pesquisa da XP

Pessimismo

A alta dos juros e a queda da bolsa, decorrentes em grande parte do aumento dos retornos dos títulos do Tesouro americano, deixaram os investidores institucionais – "tubarões", no jargão do mercado – menos otimistas em setembro, em comparação a agosto.

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A última edição da Pesquisa com Investidores Institucionais da XP Investimentos mostra que esses grandes investidores reduziram seu apetite por ações brasileiras e andam preferindo setores mais defensivos, como o agronegócio e as concessionárias de serviços públicos, como empresas elétricas e de saneamento.

Piora do sentimento em relação à bolsa de valores

O sentimento dos tubarões em relação à bolsa brasileira piorou de agosto para setembro, embora ainda se mantenha em um patamar elevado.

Segundo o levantamento da XP, no mês passado 85% dos entrevistados disseram que planejam aumentar (51%) ou manter (34%) sua exposição a ações. Apesar de ser um nível alto, trata-se de uma redução de 11 pontos percentuais em relação a agosto.

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Aposta de Ibovespa em 120 mil pontos no fim de 2023 cai drasticamente

Agora, a maioria dos investidores ouvidos pela XP já não espera mais um Ibovespa em 120 mil pontos no fim do ano. O percentual dos que acreditam que o índice chegará a essa marca caiu de 76% em agosto para apenas 45% em setembro.

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A média das estimativas agora sugere que o índice deve atingir por volta de 118.100 pontos ao final de 2023, uma queda em relação aos 123.800 pontos do consenso de agosto. Para a XP, o valor justo do Ibovespa é de 128 mil pontos.

Preferência por ações defensivas, de qualidade e baixo risco

Os investidores continuam com um sentimento mais otimista em relação a setores defensivos, como agronegócio, elétricas e saneamento. O recente aumento nos preços do petróleo também melhorou o sentimento em relação ao setor de óleo e gás. Já o sentimento em relação a ações de alto crescimento se deteriorou.

Juros globais mais altos são o principal risco

Nesta edição da pesquisa, a política monetária mais restritiva nos mercados desenvolvidos foi vista como um risco de peso maior que o risco fiscal doméstico, que havia sido o destaque em agosto.

Os preços do petróleo devem permanecer elevados – entre US$ 90 e US$ 100 – para 47% dos entrevistados. Além disso, os juros mais altos globalmente contribuem para a visão de que a taxa Selic deve encerrar 2024 em torno de 10%.

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