Em um momento no qual o fantasma dos calotes ronda os fundos imobiliários, nem mesmo transações mais antigas estão a salvo dessa assombração, como mostra o último comunicado do CSHG Logística (HGLG11).
O FII, que é um dos gigantes da indústria, informou ao mercado sobre o ajuizamento de uma ação de execução contra a compradora de três de seus galpões logísticos.
O HGLG11 vendeu as cotas de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que detinha os ativos, localizados na cidade de Extrema, em Minas Gerais, para um comprador não identificado em maio de 2021.
A transação deveria render um total de R$ 90 milhões ao fundo. O lucro caixa estimado era de R$ 44 milhões — quase o dobro dos R$ 46 milhões investidos pelo FII —, ou R$ 2,39 por cota.
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HGLG11 sofreu com calote na última parcela do negócio
A cifra foi dividida em seis parcelas das quais cinco foram quitadas, totalizando R$ 80 milhões. A última prestação, de R$ 10 milhões, deveria ter sido paga em 31 de maio deste ano, mas foi alvo de inadimplência do comprador.
Além de ajuizar a ação de execução na última sexta-feira (9), a Credit Suisse Hedging-Griffo — corretora do banco suíço homônimo e administradora do CSHG Logística — prometeu tomar todas as medidas cabíveis e necessárias para proteger os interesses do fundo e de seus 343 mil cotistas.
A administradora destacou ainda que a ação em questão não foi proposta apenas contra a compradora, mas também mira nos veículos que a controlam, seus fiadores e devedores solidários na transação de aquisição dos imóveis.