Compre duas ações e ganhe um bônus de subscrição. É com esse "pacote" que a CVC (CVCB3) pretende atrair investidores em uma nova oferta de ações para aliviar a situação financeira da empresa de turismo.
Com base nas cotações de fechamento de ontem (R$ 4,10), a CVC pretende levantar pelo menos R$ 342 milhões na operação.
Inicialmente, a companhia pretende emitir 83.333.333 novos papéis, mas dependendo da demanda do mercado esse número pode dobrar. Ou seja, a oferta pode engordar o caixa da companhia em até R$ 683 milhões.
Mas parte do destino desse dinheiro novo está carimbado: a CVC vai usar R$ 75 milhões para recomprar parte da dívida em debêntures no mercado. O restante vai reforçar o capital de giro e melhorar a estrutura de capital da companhia.
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Como vai funcionar o bônus
O investidor da oferta da CVC receberá um bônus de subscrição para cada duas ações. O bônus dará o direito de compra de novos papéis da operadora de turismo no próximo dia 21 de novembro, com um desconto de 10% sobre a cotação média dos 15 dias anteriores na B3.
O exercício do bônus pode colocar entre R$ 154 milhões e R$ 307 milhões adicionais no caixa da companhia, de acordo com cálculos do JP Morgan com base nas cotações atuais.
Fundador da CVC pode entrar (ou não)
A definição das condições da oferta da CVC, incluindo o preço por ação, acontece na próxima quinta-feira, dia 22 de junho. Os bancos Citi e Itaú BBA são os coordenadores da operação.
Vale lembrar que Guilherme Paulus, fundador da CVC, anunciou que pretende investir R$ 75 milhões na oferta. Mas esse compromisso só vale se o preço por ação ficar em, no máximo, R$ 3,00. Nessa hipótese, a oferta da operadora de turismo pode girar entre R$ 250 milhões e R$ 500 milhões.