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Casas Bahia (BHIA3) faz grupamento de ações e deixa de ser “penny stock” para permanecer no Ibovespa, mas papéis caem forte na B3 

Mascote da Casas Bahia, baianinho, se escondendo em arbusto

Mascote da Casas Bahia (BHIA3) em montagem com arbusto

Com a ameaça de sair do grupo de elite da B3, o Grupo Casas Bahia (BHIA3) colocou em vigência a “solução” para se livrar da temida nomenclatura de “penny stock”.

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Nesta sexta-feira (15), os papéis da varejista deixaram de ser negociados de R$ 0,50 — fechamento anterior  —  e passaram a ser cotados acima de R$ 11, com o grupamento de ações.

Inicialmente, a operação estava prevista para acontecer em 28 de dezembro, mas um acionista se dispôs a doar ações para acelerar o processo com o objetivo de manter a empresa no Ibovespa, o principal índice da B3. 

O grupamento, porém, não foi suficiente para animar os investidores. Pelo contrário. Na abertura dos negócios, às 10h11 (horário de Brasília), os papéis recuaram 6,32%, a R$ 11,71. Ao longo do pregão, as ações da varejistas amargaram perdas acima de 9%. 

O grupamento de ações ordinárias de emissão da companhia foi realizado na proporção de 25 para 1. Ou seja, grupos de 25 papéis BHIA3 foram unidos para formar uma nova ação — e o preço também foi multiplicado pelo mesmo fator.

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Vale destacar que a medida foi proposta justamente para elevar a cotação. Isso porque uma das regras da B3, dona da bolsa de valores brasileira, é de que ações negociadas abaixo de R$ 1 — que recebem o “apelido” de penny stock”  — passam a ter uma série de restrições nos índices, como o Ibovespa. 

Casas Bahia vai ficar no Ibovespa? 

O grupamento de ações era, portanto, uma condição para a Casas Bahia se manter no principal índice da bolsa. 

Em novembro, antes da divulgação da prévia da nova carteira do Ibovespa, a XP e o Itaú BBA já apontavam o risco iminente do “rebaixamento”.

Na primeira prévia da carteira, divulgada no início de dezembro e que entrará em vigor entre janeiro e abril de 2024, os papéis da Casas Bahia (BHIA3) ficaram de fora. 

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Mas ainda há tempo para a “salvação”. A B3 deve divulgar outras prévias nos dias 18 e 27 de dezembro antes da “nova” carteira. 

Além da cotação superior a R$ 1, a dona da bolsa brasileira considera critérios como o volume de negociação e o status da empresa para compor a carteira do Ibovespa.

Grupamento (não é) a solução 

O aumento no valor da cotação das ações é mais uma tentativa da companhia em melhorar a situação da empresa — pelo menos, para os investidores. 

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A varejista vem passando por um longo processo de reestruturação, que envolveu até a mudança de nome — de Via Varejo para Via e, por fim, Casas Bahia — e de ticker na B3

Um dos motivos para isso é a escalada dos juros e da inflação no passado recente e pós-pandemia, que reduziu o consumo da população, pressionou as receitas e aumentou o endividamento das companhias do varejo  — como as Casas Bahia (BHIA3). 

A expectativa agora é mais favorável com o processo de queda d a taxa básica de juros (Selic) em curso. A expectativa do mercado é de uma taxa terminal abaixo dos dois dígitos no fim do ciclo — em 2024. 
Mesmo com o cenário macroeconômico favorável adiante, os analistas ainda veem com cautela os papéis das Casas Bahia (BHIA3).

Sendo assim, a visão sobre a companhia ainda carece dos resultados do quarto trimestre deste ano e, sobretudo, no próximo ano —  quando os efeitos da queda dos juros devem ser mais sentidos na economia.

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