O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue reinando absoluto entre os eleitores do Nordeste do país, mas a pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (6) reforçou uma movimentação auferida no primeiro turno das eleições: o petista cedeu espaço para o presidente Jair Bolsonaro (PL) na região.
Em nível nacional, Lula aparece com 48% das intenções de voto, contra 41% de Bolsonaro (PL) no levantamento estimulado. Considerando apenas os votos válidos — que excluem brancos, nulos e indecisos — o petista aparece com 54% contra 46% do presidente.
Mas o que chama atenção nesta mostra, em comparação com aquela divulgada no último sábado (1), véspera do primeiro turno das eleições, é o Nordeste.
Naquele levantamento, Lula tinha 71% dos votos na região contra 22% de Bolsonaro. Agora, o petista tem 62% contra 29%.
Enquanto Lula perdeu 9 pontos no Nordeste, fora da margem de erro de 2 pontos, o presidente avançou sete, também fora da margem de erro, quase tomando todo o espaço deixado pelo petista.
Essa tendência de avanço de Bolsonaro foi captada pelo primeiro turno das eleições deste ano: o presidente recebeu 1,3 milhão de votos a mais no Nordeste na comparação com 2018.
Ainda na comparação com 2018, Bolsonaro saiu de 25,9% dos votos na região para 27% agora.
Mais detalhes da pesquisa
O levantamento da Genial/Quaest é o primeiro sobre o segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto.
De acordo a pesquisa, votos brancos e nulos somam 4% e indecisos totalizam 7%.
A Genial/Quaest também mediu a possibilidade de os eleitores mudarem o voto nesta segunda etapa. Segundo o levantamento, 92% declaram que o voto em Lula é definitivo. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 94% não pretendem mudar o voto.
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Sobre o maior temor do eleitorado, 46% afirmaram que é a reeleição de Bolsonaro e 42% a volta do PT.
A pesquisa Genial/Quaest aponta ainda que 50% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro (PL) no segundo turno. O índice de rejeição de Lula é de 41%.
Com relação à avaliação do governo, 38% dos entrevistados avaliam a gestão de Bolsonaro como negativa, 35% acham o governo positivo, e 25% avaliam o governo como regular
A pesquisa entrevistou 2000 pessoas, entre os dias 3 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.