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Lula e Bolsonaro trocam acusações no debate da Globo: “mentiroso, traidor da Pátria, tome vergonha na cara”

Montagem com os candidatos Lula e Bolsonaro se enfrentando no Mortal Kombat

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Um clima quente, digno de uma final de campeonato. Foi assim que começou nesta quinta-feira (29) o debate da Globo, o último antes do primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, foi a principal vidraça dos demais candidatos no primeiro bloco. 

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Lula encarou logo de cara o pedetista Ciro Gomes, que relembrou de forma crítica os anos de governos do PT. Em resposta, o petista lançou mão de uma estratégia que vem usando na TV: relembrar o aumento de renda, do salário mínimo, a diminuição do desemprego, a reforma agrária e os criou programas de inclusão. 

Mas foi com Jair Bolsonaro (PL) que o debate pegou fogo. O presidente falou sobre os casos de corrupção nos governos petistas e acusou Lula de "querer impor agenda de ideologia de gênero e de liberação das drogas" quando respondia a uma pergunta de Padre Kelmon (PTB). 

Após Lula conseguir direito de resposta, Bolsonaro tentou xingar o petista, mas foi advertido pelo apresentador William Bonner. 

Ao ganhar direito de resposta, Lula falou que Bolsonaro age de forma "irresponsável" e acusou o candidato à reeleição de manter uma "quadrilha da rachadinha e quadrilha no ministério da Educação". 

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Bolsonaro também ganhou direito de resposta e na sequência subiu ainda o tom ao chamar Lula de "mentiroso, ex-presidiário, traidor da pátria". O presidente negou haver rachadinha em seu governo e acusou os filhos de Lula de "roubar milhões", chamou a CPI da Covid de "farsa" e disse não "haver nada" de ilícito em sua gestão.

Em mais um trecho do confronto entre os rivais, Lula disse que vai revogar os sigilos de 100 anos de Bolsonaro para saber o que o atual presidente "esconde". Com essa fala, Bolsonaro ficou irritado, tentou interromper o petista, mas o microfone estava fechado e voltou a ser advertido por Bonner para "respeitar" as regras. 

O presidente voltou a acusar Lula ao questionar Simone Tebet (MDB) sobre declarações da a candidata a vice na chapa, Mara Gabrilli, sobre o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

Simone Tebet acusou Bolsonaro de não ter coragem de fazer a pergunta ao próprio Lula. No final, o petista ganhou mais um direito de resposta e lembrou que a conclusão do inquérito da Polícia Civil foi de que a morte de Celso Daniel se tratou de um crime comum.

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Lula e Bolsonaro usam candidatos menores de escada

Durante o debate, tanto Lula como Bolsonaro usaram a interação com os candidatos com menos expressão nas pesquisas para mais uma onda de ataques. 

Nessa troca, o presidente teve como aliado o padre Kelmon (PTB), que chegou a ser chamado de “cabo eleitoral de Bolsonaro”. 

Mas foi na interação entre Felipe D'Avila (Novo) e Ciro Gomes que Lula foi mais atacado. O pedetista disse que "Lula não quis aprender nada com as amargas lições que tomou", e que "não dá para aceitar que não aconteceu nada", porque foram devolvidos R$ 16 bilhões aos cofres públicos no "maior escândalo de corrupção desvendado" do país. 

O petista, por sua vez, usou o espaço para questionar Soraya Thronicke (União Brasil) para dizer que o combate à corrupção "deu certo" devido aos programas criados pelos governos do PT, como fiscalização da CGU, o Portal da Transparência, a Lei de Acesso à Informação, a Lei Anticorrupção, entre outros.

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Bolsonaro é questionado sobre meio ambiente

Bolsonaro também não escapou do segundo pelotão de presidenciáveis. Simone Tebet (MDB) confrontou o presidente sobre questões ambientais. A senadora disse que a gestão Bolsonaro foi a que "mais promoveu" queimada e desmatamento, e foi o "pior governo" nessa questão. 

Em sua resposta, o presidente acusou Tebet de falar "inverdades" e que as queimadas na região do Pantanal, por exemplo, acontecem de forma "periódica". Bolsonaro chegou a dizer que seu governo "é um exemplo" para o mundo na gestão ambiental. 

Em um ataque direto à senadora, Bolsonaro disse ainda haver uma "briga de narrativas" e que Tebet sente "ciúmes" porque Teresa Cristina "tomou a vaga" dela de senadora no Mato Grosso. A candidata do MDB reafirmou que Bolsonaro "mente". 

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