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Petróleo em queda: por que a recessão econômica e a tentativa de corte de impostos nos EUA derrubam o preço da commodity hoje?

Imagem de barril de petróleo sobre notas de dólar

Imagem de barril de petróleo sobre notas de dólar

O petróleo segue no centro das atenções dos mercados globais, com uma rodada de perdas intensas nesta quarta (22). E, desta vez, o risco de uma desaceleração econômica global — e a consequente queda na demanda pela commodity — pesam sobre o sentimento dos investidores.

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De acordo com a sinalização das gigantes do mercado, como Vitol e Exxon Corp., é esperado que haja uma redução na demanda global de petróleo nos próximos meses. E, num cenário de demanda em baixa, a tendência é a de que os preços caiam. 

Como resultado, o barril do petróleo Brent — referência no mercado mundial — recuava cerca de 4,4% neste início de tarde, a US$ 109,63. O barril do WTI, mais ligado ao mercado americano, recua 4,7%, a US$ 104,34.

Biden e o preço dos combustíveis derivados do petróleo

Numa tentativa de amenizar os preços da gasolina e do diesel nas bombas dos postos de gasolina dos Estados Unidos, o presidente Biden planeja recorrer ao Congresso e solicitar a suspensão, por três meses, dos impostos federais que incidem sobre os preços do combustível e petróleo.  

Além disso, ele planeja, também, solicitar aos próprios estados que suspendam seus impostos, ou que providenciem um alívio semelhante nos preços da gasolina e diesel. O objetivo é resultar em um corte de 18,4 centavos de dólar por galão em impostos federais sobre a gasolina, e 24,4 centavos de dólar por galão em impostos sobre o diesel.  

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Ainda na tentativa de levar ao consumidor um preço mais acessível nas bombas de combustível, o presidente dos Estados Unidos recorreu às companhias de energia para verificar se aceitavam receber margens de lucro mais baixas para aumentar a produção de petróleo e a capacidade de refino da gasolina.

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As companhias de energia e petróleo, por sua vez, não ficaram muito satisfeitas com essa solicitação. O CEO da empresa Chevron, Michael Wirth, replicou ao presidente em uma carta à Casa Branca afirmando que a administração “tem procurado criticar e, por vezes, difamar a indústria”.

Segundo informações, as empresas de energia se encontrarão na quinta-feira com a secretária de energia Jennifer Granholm para discutir maneiras mais eficazes de aumento na oferta do petróleo. 

No entanto, Biden não pode fazer muito mais do que isso para aliviar os custos do petróleo, uma commodity cujos preços são definidos pelos mercados globais, demandas do consumidor, tremores secundários ocasionados pela invasão da Rússia à Ucrânia e as questões que se seguiram depois desse fator.   

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