Com um cenário pior do que os analistas do mercado imaginaram, a Americanas (AMER3) viu seu prejuízo líquido chegar a R$ 98 milhões no segundo trimestre deste ano — ainda assim, uma baixa de 15,6% em relação ao trimestre anterior. A maior pressão veio do aumento das despesas financeiras.
No semestre, o prejuízo foi reduzido para R$ 235 milhões, ante R$ 309 milhões entre os meses de abril e junho do ano passado.
Já a receita líquida da varejista cresceu 6,7% no segundo trimestre deste ano, chegando a R$ 6,6 bilhões.
Nas projeções da Bloomberg, o prejuízo estimado era de R$ 21 milhões, enquanto a receita chegaria a R$ 7,8 bilhões, uma alta de 14%.
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Já o Ebitda da Americanas (AMER3) alcançou R$ 843,2 milhões, uma alta de 29,2%, enquanto a margem Ebitda expandiu 2,2 p.p, chegando a 12,6% da receita líquida. Segundo a companhia, o resultado deve ser atribuído à retomada do varejo físico, o resultado positivo da fintech Ame, a integração das empresas adquiridas e os ganhos obtidos com a combinação dos negócios.
Americanas (AMER3): maior diversificação e reabertura das lojas ajudaram
O GMV da Americanas (AMER3) no segundo trimestre do ano cresceu 10,4%, chegando a R$ 13,9 bilhões, sendo R$3,5 bilhões nos canais físicos (alta de 26,9%) e R$ 10,4 bilhões nas vendas digitais (alta de 5,7%).
Os dados são resultado do portfólio mais diversificado e menor dependência de produtos de linha branca.
"A retomada gradual do fluxo de clientes às lojas contribuiu para um crescimento nas vendas em relação ao ano passado. Além de terem se convertido em hubs de experiência — um ponto para comprar, pegar ou devolver compras, fazer lançamentos e gerar receita com mídia — nossas lojas têm um papel importante para o ecossistema. Elas impulsionam as vendas do digital e representam 76% do nosso EBITDA proforma", diz o informe de resultados.
Ame Digital
A Ame Digital, fintech da Americanas que funciona como uma carteira digital, registrou seu primeiro resultado positivo em um trimestre completo.
No segundo trimestre do ano, ela chegou a 1,9 milhão de cartões de crédito emitidos e passou a gerar receita com serviços financeiros, com um TPV (volume total de pagamentos) de R$ 7,9 bilhões, 51,9% acima do mesmo período do ano passado.