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Warren Buffett já perdeu US$ 36 bilhões com a Apple neste ano; por que uma das “joias da coroa” do megainvestidor despenca no mercado acionário?

Warren Buffett, investidor americano | Apple

A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, viu cerca de US$ 36 bilhões do valor de sua participação na Apple serem varridos pela queda das ações da fabricante do iPhone no último o ano. O montante é cerca de US$ 5 bilhões superior ao custo base da companhia do oráculo de Omaha com papéis da maçã.

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A holding de investimentos possui atualmente 908 milhões de ações da Apple, negociadas na Nasdaq. Os ativos da gigante de tecnologia acumulam queda de 24% este ano, refletindo o mercado tech e também fatores internos - os investidores antecipam uma desaceleração econômica motivada pela fraca demanda pelo novo iPhone 14.

Com isso, o valor de mercado da Apple recuou de US$ 2,9 trilhões para US$ 2,2 trilhões, enquanto a fatia da Berkshire na empresa encolheu de US$ 161 bilhões para US$ 125 bilhões.

Vale destacar que a holding de Buffett comprou cerca de 3,9 milhões de ações da companhia no segundo trimestre de 2022. O movimento sugere que, na época, o megainvestidor e sua equipe enxergaram valor nos papéis da maçã.

A Berkshire também detém a maior posição individual na empresa, com 5,6% do capital. Buffett já declarou que a Apple é uma "joia de família" e "provavelmente o melhor negócio" que ele conhece.

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O que afeta a Apple e as ações de Warren Buffett?

Então o que explica a queda da principal joia da coroa de Warren Buffett?

Há vários fatores por trás da atual situação da Apple. Alguns deles estão fora do controle da empresa, como os problemas globais da cadeia de distribuição que aumentaram os preços de insumos para a produção do novo iPhone.

A inflação dos Estados Unidos também está nos maiores níveis em mais de 40 anos e os juros também não estão em uma faixa agradável para os estadunidenses. Com isso, a previsão é que o mercado de smartphones encolha 6,5% este ano, segundo dados do IDC.

iPhone, Apple e China: um triângulo sem harmonia

Além da tempestade macroeconômica, a empresa também está em uma disputa com a China, principal polo produtor de seus smartphones.

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De acordo com uma matéria publicada na Bloomberg, os planos de ampliar a produção do iPhone em 6 milhões de unidades na segunda metade deste ano foram frustrados.

Ao invés disso, a produção deve atingir o patamar do mesmo período do ano passado: 90 milhões de unidades. A Apple entende que o país vive um momento delicado em meio a problemas globais na cadeia de distribuição.

Além disso, problemas na fabricação e dependência dos semicondutores — essenciais na fabricação de componentes tecnológicos de carros, aviões e smartphones — provenientes da China também são alguns dos motivos para o afastamento da empresa do país.

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