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Maior inadimplência do ano em abril: perspectiva de alta de juros e inflação elevada pressionam e varejo cai na bolsa; Magazine Luiza (MAGLU3) tem queda de mais de 2%

Bolsa aguarda inflação local mais branda

O consumo tende a ser penalizado no futuro, com a perspectiva de que a inflação global se espalhe por todos os setores. E a movimentação dos Bancos Centrais pelo mundo, que elevam os juros para conter a alta nos preços, também não favorece o varejo de modo geral. 

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Com isso, o setor permanece pressionado no pregão desta sexta-feira (22). Enquanto o Ibovespa recua mais de 2%, algumas ações perdem até 6%. Confira alguns nomes importantes do setor e o desempenho deles hoje:

AtivoNomeVar %Ult
SLED3SARAIVA LIVRON N2-6,76%R$ 13,80
CEAB3CEA MODAS ON NM-5,47%R$ 4,49
LREN3LOJAS RENNERON NM-4,04%R$ 24,93
VIIA3VIA ON NM-3,98%R$ 3,14
MGLU3MAGAZ LUIZA ON NM-2,50%R$ 5,47
AMER3AMERICANAS ON NM-2,46%R$ 26,57
Fonte: Broadcast

Ainda de olho nos juros

Quem corroborou para piorar o sentimento negativo dos investidores foi o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em palestra a investidores nos Estados Unidos. Para ele, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a Selic para 12,75% ao ano na próxima reunião, em maio.

Entretanto, o chefe do BC também deu a entender que ajustes adicionais podem ocorrer.

“O Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais. [O comitê] persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide”, declarou Campos Neto em apresentação a investidores.

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Juros altos, inflação alta: inadimplência do varejo alta

Em linha com esse cenário, o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) estima que a taxa de inadimplência deva ter um pico em abril. Dessa forma, o indicador deve atingir os 4,69%, o maior nível do ano.

Além disso, as expectativas para maio e junho já mostram uma melhora dos calotes, com o índice ficando em 3,05% e 2,82%, respectivamente, mas os dados podem ser revistos, alerta o Ibevar.

A taxa de inadimplência leva em conta recursos livres da pessoa física no varejo, considerando atrasos acima de 90 dias.

Ajustes aqui e ali nas projeções

A inflação e a pressão da alta de preços na renda das famílias explica a tendência de aumento da inadimplência no Brasil, segundo o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo.

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Do mesmo modo, a redução esperada para maio e junho decorre da própria contração das despesas das famílias, comenta ele em nota à imprensa.

Contudo, o Ibevar alerta que as projeções de maio e junho podem ser revisadas, dependendo da evolução das vendas em abril.

 *Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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