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Vai ficar para depois: Inter (INBR31) anuncia nova data para conversão dos BDRs para Nível II; confira

Fachada da sede do banco Inter (BIDI11) BRDs ações

Fachada da sede do banco Inter.

Não basta desembarcar na gringa: o Inter também quer subir de nível por aqui. Desde que decidiu entrar para a Nasdaq, o banco digital solicitou à xerife do mercado de capitais brasileiro, a CVM, para converter seus BDRs (recibos de ações, em português), hoje negociados na B3 sob o ticker INBR31, para o nível II.

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A CVM e a própria B3 só vieram a aprovar a conversão dos BDRs do banco digital quatro meses depois. Segundo o comunicado inicial do Inter, o “upgrade” de nível estava marcado para acontecer automaticamente nesta quinta-feira (25). 

Uma vez recebido o “sim” das gigantes do mercado de capitais, os papéis da instituição passariam a ser negociados sob o código INBR32 na bolsa.

Porém, na noite de ontem, o banco digital anunciou que a conversão foi remarcada pela bolsa brasileira — e deve acontecer somente na próxima segunda-feira (29). 

Os BDRs do Inter (INBR31) operam em baixa na bolsa brasileira hoje. Por volta das 10h58, os papéis recuavam 0,81%, negociados a R$ 21,92. No acumulado do ano até o fechamento de ontem, os recibos de ações subiram cerca de 7,8%.

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O mau humor também foi visto em Wall Street ontem —  e ainda mais intenso. Os papéis INTR, negociados na Nasdaq, fecharam em queda de 4,32% na última sessão, cotados a US$ 4,21. 

Desde que o banco abriu capital em Nova York, em junho, as ações acumularam alta de aproximadamente 24,2%.

Qual a diferença entre os níveis dos BDRs?

Os BDRs (recibos de ações, em português) de nível I são um pouco mais simples, uma vez que não precisam de registro de companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Por outro lado, a falta de registro limita os locais de negociação dos ativos. 

Os únicos locais em que o investidor encontra negociação desses papéis são em mercados de balcão não organizados — isto é, que não são supervisionados por agentes autorreguladores — ou em segmentos específicos da bolsa ou de mercados de balcão organizados.

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Enquanto isso, os BDRs Nível II — o novo segmento dos papéis do Inter — exigem que a empresa seja registrada na CVM. Desse modo, os ativos podem ser negociados em bolsa ou em mercados de balcão organizados.

O Inter (INBR31) quer ser inter… nacional

Em entrevista ao Seu Dinheiro, Felipe Bottino, diretor da Inter Invest — o braço de investimentos do banco digital —, contou que o Inter tem planos para além de Wall Street.

O objetivo é desembarcar em todo o território americano — e, quem sabe no futuro, também na Europa. 

O Inter & Co — novo nome do banco digital — espera que, até o fim do ano, cerca de um milhão de clientes já usufruam de uma conta corrente global. 

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O modelo conta com um cartão de débito internacional e a possibilidade de fazer transferências para diversos países, tudo dentro do próprio aplicativo que já existe hoje.

Bottino ainda falou sobre os desafios da internacionalização, o porquê de a concorrência não assustar e o que o futuro reserva para o mercado de capitais. Confira a matéria na íntegra.

Balanço do Inter (INBR31) no 2T22

O Inter reverteu o prejuízo visto no segundo trimestre de 2021 e registrou lucro de R$ 15,5 milhões entre abril e junho deste ano.

Considerando o resultado atribuível aos acionistas, o Inter teve prejuízo de R$ 16,6 milhões, contra prejuízo atribuível de R$ 12 milhões no mesmo período do ano passado.

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As receitas líquidas totais avançaram 88% na base anual, chegando a R$ 877 milhões.

O lucro por ação no segundo trimestre foi de R$ 0,0371, ante prejuízo de R$ 0,0794 por ação visto no mesmo período de 2021.

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