Bem menos conhecida do que a empresa responsável por sua criação, a V.Tal — unidade de fibra ótica criada dentro da Oi (OIBR3) — anunciou nesta sexta-feira (25) ter recebido um aporte de R$ 2,5 bilhões.
Quem fez o cheque foi o Canada Pension Plan Investment Board (CPP), o maior fundo de pensão do Canadá, que agora possui 9,7% do capital da V.Tal.
O negócio foi fechado por meio de um Fundo de Investimentos em Participações (FIP) do BTG Pactual, que hoje controla a V.Tal — vendida para ajudar a reduzir as dívidas da Oi durante sua recuperação judicial.
Com essa nova configuração, o fundo canadense poderá indicar um membro para o Conselho de Administração da V.Tal após a conclusão do investimento.
De acordo com o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o dinheiro captado será usado para a expansão da rede de fibra ótica e desenvolvimento de novas linhas de negócios.
A venda da V.Tal
O valor final da venda da V.Tal para o BTG Pactual sofreu um ajuste de R$ 1,4 bilhão, conforme noticiado no mês passado.
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O BTG e a Globenet, companhia de cabos submarinos administrada por fundos de private equity do banco de André Esteves, arremataram 57,9% da unidade, que ainda era chamada de InfraCo, em julho do ano passado.
As empresas haviam acertado o desembolso de R$ 9,7 bilhões para a aquisição das ações e capitalização de R$ 3,1 bilhões no negócio em até 30 dias. A Oi seguiu como sócia minoritária da unidade de fibra ótica, com 42,1% de participação.
A reação das ações da Oi (OIBR3)
A novidade parece ter animado os investidores no pregão de hoje. Às 12h19, OIBR3 subia 10%, cotada a R$ 0,22.
No mês, a ação cai 12%, enquanto no ano a baixa é de 71,05%.