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Produção e vendas da Vale (VALE3) recuam no primeiro trimestre; veja os números

Vale (VALE3)

Vale (VALE3)

Esquentando os motores para o início de mais uma temporada de balanços, a Vale (VALE3) abre a leva de divulgação dos números das gigantes da bolsa brasileira. A mineradora divulgou nesta terça-feira (19) o relatório de produção do primeiro trimestre deste ano.

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Os números chegam ao mercado em um momento turbulento para as ações da companhia, que recuam mais de 11% no último mês. E quem estava esperando os dados de produção para aproveitar o desconto e comprar os papéis recebeu uma má notícia.

A mineradora entregou 63,9 milhões de toneladas métricas (Mt) de minério de ferro nos primeiros três meses do ano, queda de 6% em relação ao mesmo período de 2021 e de 22,5% na comparação com os últimos três meses do ano passado.

Segundo a empresa, o recuo é explicado, em partes, pelas chuvas de início de ano. Vale lembrar que a operação da Vale em Minas Gerais foi paralisada em janeiro por motivos de segurança. Além disso, a Estrada de Ferro Carajás também foi fechada por quatro dias em março.

Vendas da Vale (VALE3)

As vendas também trouxeram sinais negativos para o relatório da companhia: a Vale comercializou 53,6 Mt de minério de ferro entre janeiro e março, queda de 9,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

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Confira também como foram as vendas de carvão, níquel e cobre na comparação com 2021:

Além disso, a mineradora também divulgou o guidance de produção para 2022. Veja:

ProdutoGuidance de produção
Minério de Ferro320-335 (Mt)
Pelotas34-38 (Mt)
Níquel175-190 (kt)
Cobre330-355 (kt)

Um mês ruim

Por falar no futuro da Vale, a ampliação dos lockdowns em importantes regiões produtoras de aço na China e a tendência de desaceleração econômica da segunda maior potência global são sinais de que as coisas podem piorar para a mineradora. 

As restrições no gigante asiático começaram a se intensificar no final do mês passado e ajudam a explicar a queda de mais de 8% dos papéis da mineradora brasileira em abril. No ano, a companhia segue com uma alta superior ao Ibovespa – 16,57%. 

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Para Rafael Passos, sócio da Ajax Investimentos, a empresa está em um patamar atrativo de entrada, principalmente quando se olha para indicadores como fluxo de caixa, pagamento de dividendos e Ebitda, abaixo de sua média histórica e dos seus pares. 

No curto prazo, no entanto, a companhia deve seguir derrapando. Tudo vai depender de o governo chinês conseguir controlar o novo surto de covid-19 que atingiu o país e se as medidas restritivas continuarão atingindo portos e siderúrgicas importantes. Enquanto a situação perdurar, a grande exposição da bolsa brasileira ao mercado de commodities deve ser sentida.

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