A Raízen (RAIZ4) tem um novo acionista de peso: o Itaú (ITUB4). O banco acertou um aporte de R$ 4,1 bilhões na Cosan Nove — uma subsidiária da Cosan (CSAN3) que concentra 39% do capital da empresa sucroalcooleira.
A operação faz parte das inúmeras movimentações corporativas e societárias relacionadas a uma das aquisições mais impactantes do mercado brasileiro em 2022: a compra de 4,9% da Vale (VALE3) pela Cosan, em outubro. E um dos passos na arquitetura dessa transição era a criação de um veículo que passasse a concentrar parte das ações da Raízen.
Pois bem, o capital detido pela Cosan foi dividido em duas partes: 5% continuam sendo detidos diretamente pelo conglomerado, enquanto outros 39% ficaram com a subsidiária. O Itaú, por sua vez, comprou 27% da Cosan Nove, e, com isso, passará a ser dono, de maneira indireta, de pouco mais de 10% da Raízen. Veja o esquema abaixo:
Raízen (RAIZ4): como fica a estrutura?
A Shell, outra acionista de referência da Raízen, não teve sua participação alterada, permanecendo com 44% do capital da companhia; outros 12% continuam em livre negociação no mercado.
Itaú e Cosan firmaram um acordo de acionistas para estabelecer as regras de governança aplicáveis à subsidiária; em nota, o conglomerado informa que a operação não interfere em seus direitos políticos como co-controladora da Raízen — os termos pré-determinados com a Shell, assim, seguem inalterados.