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Méliuz (CASH3) estuda segregar operações do Bankly por meio de IPO

Aplicativo da Méliuz (CASH3) aberto num smartphone

Aplicativo da Méliuz (CASH3) aberto num smartphone

Pouco mais de um ano depois de comprar o Bankly, a Méliuz (CASH3) comunicou ao mercado nesta segunda-feira (24) que está estudando uma possível segregação das operações por meio de uma listagem das ações (IPO) como companhia independente.

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"O propósito da potencial transação é liberar o pleno potencial dos negócios de soluções de pagamento e banking da Companhia, permitindo que operem de forma autônoma, com administração separada e foco nos seus respectivos modelos de negócios e oportunidades de mercado", disse a Méliuz em fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No documento, a Méliuz aponta que a transação, se concretizada, permitirá acesso direto ao mercado de capitais e outras fontes de financiamento a cada um dos negócios da companhia.

A empresa ressalta que a transação ainda depende da conclusão do estudo e, posteriormente, das aprovações de acionistas, credores e órgãos reguladores.

Para tocar o estudo, a Méliuz contratou o banco de investimento Lazard como assessor financeiro e o escritório Pinheiro Neto Advogados como assessor jurídico.

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O que é o Bankly?

A compra do Bankly pela Méliuz foi realizada em maio de 2021 e envolveu apenas troca de ações. Na transação, os acionistas do Bankly - que, na época, se chamava Acesso Bank - ficaram com 8% da empresa de cashback.

Foi com essa aquisição que a Méliuz pôde trazer para dentro do seu app alguns serviços financeiros. Hoje é possível, por meio do app, não apenas fazer compras e coletar cashback, mas fazer Pix, carregar créditos no celular, pagar boletos, negociar bitcoin e até pedir empréstimo pessoal.

A Méliuz também lançou um cartão de crédito próprio após o sucesso da parceria com o Banco Pan, que oferecia cartões co-branded.

A operação, no entanto, trouxe mais complexidade para a Méliuz, na visão de analistas, algo que se reflete nos números da empresa. No segundo trimestre de 2022, a Méliuz registrou aumento do prejuízo, que chegou a R$ 28,2 milhões. 

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Enquanto as receitas líquidas cresceram 45% na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o número de contas totais aumentou 34%, para 25,2 milhões. O problema é que, por outro lado, as despesas operacionais mais que dobraram no mesmo período. Destaque para as despesas com pessoal, que quase quadruplicaram.

Na teleconferência de resultados do segundo trimestre, inclusive, a direção da Méliuz disse, a respeito da operação do Bankly, que estava focada numa agenda de eficiência operacional, aumento do número de clientes e atingimento do breakeven no primeiro semestre de 2023.

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