“Quanto mais o preço subir, mais esse público vai querer comprar. É o sentimento de exclusividade que está envolvido”, explica o analista da Empiricus, Fernando Ferrer.
Ele está falando sobre os ricaços, que continuam indo às compras, apesar do crescimento mais lento da economia e da deterioração da renda da população. Afinal, esse público é menos vulnerável aos solavancos da economia e costumam gastar rios de dinheiro em um setor bem específico do mercado brasileiro: o varejo de luxo.
Estamos falando de empresas que vendem artigos de luxo e possuem lojas nos endereços mais nobres do país. Trata-se de um segmento capaz de gerar desejo e fidelidade em seus clientes, que não hesitam em gastar mesmo quando os preços sobem.
De acordo com os analistas, o segmento é uma opção frente aos nomes tradicionais do setor de comércio, como Magazine Luiza (MGLU3) ou Via (VIIA3) — que tendem a serem mais afetados quando a economia não vai bem.
O grande atrativo é o aparente descolamento entre o preço das ações de empresas deste segmento e os bons resultados que vêm sendo apresentados nos últimos trimestres. Enquanto nas classes mais baixas existe uma preocupação de readequação de orçamento, as mais altas fazem suas escolhas com base no bom relacionamento com a marca, fidelização e sentimento de exclusividade.
Fernando Ferrer, analista de ações da Empiricus, explica que isso leva a um movimento contraintuitivo. O impacto da inflação no preço dos produtos eleva o sentimento de maior exclusividade, o que se traduz em um aumento da demanda por produtos de luxo.
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